O presente trabalho objetiva denotar a entrada do Nordeste baiano na economia do sistema internacional através da escravidão negra do extrativismo. Para isso, entende-se que a raça e o capitalismo racial foram fatores usados pelos colonos para marcar a superioridade do homem branco através da dominação e exploração. Nesse sentido, o principal argumento do artigo é de que a região foi a maior base lucrativa para o sistema colonial através da comercialização de escravizados, produção de açúcar e vendas de alimentos para a Europa. De modo a desenvolver o seu argumento o artigo está estruturado em duas seções. A primeira seção irá delinear sobre a relação entre raça, escravidão e capitalismo racial. A segunda denota como a operacionalização destes três elementos evoluíram o mercado de escravos para o nordeste brasileiro somado com a comercialização de açúcar, tabaco e ouro. O debate presente neste trabalho contribui para outros debates teóricos demonstrando a viabilização de outros horizontes emancipatórios.