Artigo Anais ABRALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

INSÍDIAS DA ALTERIADE: O OLHAR DO EUROPEU SOBRE A AMÉRICA NA (RE)FIGURAÇÃO DA IMAGO MUNDI (SÉCULOS XV E XVI)

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A compreensão é a de que não se deve buscar nas narrativas de viagem a fidedignidade do relato em face aos referentes descritos, mas o modo pelo qual as características simbióticas de ver e interpretar o real lograram significações literárias e interculturais, a partir de uma rede discursiva de interesses e domínios. Assim, os diários de bordo e as cartas (2001), de Colombo, bem como O Paraíso Perdido (2001), do Frei Bartolomé de Las Casas, são os objetos de apreciação para a investigação das relações entre memória, tradição e imaginário colonial. Para Alfredo Bosi (1992: 377), o processo colonial, ao mesmo tempo material e simbólico, conferiu uma dialética cujas “práticas econômicas dos seus agentes estariam vinculadas aos meios de sobrevivência”, abarcando a memória, os modos de representação de si e do outro, os desejos e as esperanças, na união de trabalhos, cultos, ideologias e culturas, que se organizam por “determinantes positivos de ajuste, reprodução e continuidade”. Nesse cenário de replicação do discurso civilizador, o locus de enunciação é fundamental para escrutinar a condição de ser/estar no mundo, especificamente, no que agencia o desejo político do Outro. Segundo Walter Mignolo (2003: 35-6), no que concerne às margens políticas da Modernidade, não é a busca de salvação num sentido demiúrgico e messiânico que constituiu a redenção latino-americana, todavia, é num sentido de descolonização e de transformação intelectual que se pode alterar a “rigidez de fronteiras epistêmicas e territoriais estabelecidas e controladas [...] durante o processo de construção do sistema mundial colonial moderno” [da conquista da América aos dias atuais]. Além de Alfredo Bosi e de Walter Mingnolo, a fundamentação crítica e teórica também se respalda em Serge Gruzinski (2001), Alfredo Cordiviola (2005), em Todorov (1999) entre outros autores que permitiram a articulação dos saberes envolvidos.O presente trabalho objetiva discutir as interpretações construídas pelos europeus sobre a América, a exemplo da (re)figuração da imago mundi, conforme executad" "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "9056dae90bbdbbfd1aa2f2f4f53a1b21_394_165_.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:47" "updated_at" => "2020-06-10 13:10:12" "ativo" => 1 "autor_nome" => "RICARDO SOARES DA SILVA" "autor_nome_curto" => "RICARDO SOARES" "autor_email" => "soaresricardo2003@yahoo.c" "autor_ies" => "UEPB" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC" "edicao_evento" => "Encontro da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2012 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2012" "edicao_logo" => "5e49c718ed7fd_16022020195000.png" "edicao_capa" => "5f1733ddf238d_21072020152845.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2012-12-19 23:00:00" "publicacao_id" => 7 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 1868 "edicao_id" => 7 "trabalho_id" => 165 "inscrito_id" => 394 "titulo" => "INSÍDIAS DA ALTERIADE: O OLHAR DO EUROPEU SOBRE A AMÉRICA NA (RE)FIGURAÇÃO DA IMAGO MUNDI (SÉCULOS XV E XVI)" "resumo" => "O presente trabalho objetiva discutir as interpretações construídas pelos europeus sobre a América, a exemplo da (re)figuração da imago mundi, conforme executada no encontro com o longínquo, com o inóspito, com o inédito e com o Outro. 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Publicado em 19 de dezembro de 2012

Resumo

O presente trabalho objetiva discutir as interpretações construídas pelos europeus sobre a América, a exemplo da (re)figuração da imago mundi, conforme executada no encontro com o longínquo, com o inóspito, com o inédito e com o Outro. A compreensão é a de que não se deve buscar nas narrativas de viagem a fidedignidade do relato em face aos referentes descritos, mas o modo pelo qual as características simbióticas de ver e interpretar o real lograram significações literárias e interculturais, a partir de uma rede discursiva de interesses e domínios. Assim, os diários de bordo e as cartas (2001), de Colombo, bem como O Paraíso Perdido (2001), do Frei Bartolomé de Las Casas, são os objetos de apreciação para a investigação das relações entre memória, tradição e imaginário colonial. Para Alfredo Bosi (1992: 377), o processo colonial, ao mesmo tempo material e simbólico, conferiu uma dialética cujas “práticas econômicas dos seus agentes estariam vinculadas aos meios de sobrevivência”, abarcando a memória, os modos de representação de si e do outro, os desejos e as esperanças, na união de trabalhos, cultos, ideologias e culturas, que se organizam por “determinantes positivos de ajuste, reprodução e continuidade”. Nesse cenário de replicação do discurso civilizador, o locus de enunciação é fundamental para escrutinar a condição de ser/estar no mundo, especificamente, no que agencia o desejo político do Outro. Segundo Walter Mignolo (2003: 35-6), no que concerne às margens políticas da Modernidade, não é a busca de salvação num sentido demiúrgico e messiânico que constituiu a redenção latino-americana, todavia, é num sentido de descolonização e de transformação intelectual que se pode alterar a “rigidez de fronteiras epistêmicas e territoriais estabelecidas e controladas [...] durante o processo de construção do sistema mundial colonial moderno” [da conquista da América aos dias atuais]. Além de Alfredo Bosi e de Walter Mingnolo, a fundamentação crítica e teórica também se respalda em Serge Gruzinski (2001), Alfredo Cordiviola (2005), em Todorov (1999) entre outros autores que permitiram a articulação dos saberes envolvidos.

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