O estabelecimento de uma comunicação efetiva tem impacto positivo na redução de complicações diabéticas, uma vez que, orienta para as práticas de autocuidado. Para tanto os enfermeiros devem contextualizar sua educação em saúde para lidar com a diversidade brasileira, incluindo as populações que vivem no semiárido nordestino, além disso esses profissionais devem desvincular de sua práxis o saber intuitivo e se apodere das bases teóricas da comunicação e relacionamento interpessoal, como a Teoria das Relações Interpessoais de Peplau. Mediante o exposto, este artigo apresenta como objetivo identificar a importância da comunicação terapêutica na assistência de enfermagem aos usuários diabéticos com foco na Teoria das Relações Interpessoais.Trata-se de uma revisão integrativa da literatura cujo levantamento de dados foi realizado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com ênfase na base de dados da LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Base de Dados em Enfermagem), por meio dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Cuidados de enfermagem”; “Comunicação em saúde” e “Diabetes Mellitus” que foram conectados pelo boleano “and”. Os critérios de inclusão definidos para seleção dos artigos foram: trabalhos redigidos em português com texto na integra disponibilizado gratuitamente; publicações do período de 2006 até 2016; estudos que abordem a importância da comunicação terapêutica na assistência de enfermagem aos usuários diabéticos e/ou enfatizem a Teoria das Relações Interpessoais de Peplau. O critério de exclusão estabelecido se constitui em: artigos que exponham pesquisas não vinculadas ao Brasil pela necessidade de expor a realidade nacional acerca do problema abordado. Através dos descritores foram rastreadas inicialmente 90 publicações, entretanto apenas 11 utilizavam a língua portuguesa e tinham como país de origem o Brasil, destes 07 foram selecionados para compor a amostra revisada por se adequarem a todos os critérios simultaneamente. Conclui-se que a assistência de enfermagem aos diabéticos provenientes do semiárido nordestino deve possuir uma abordagem comunicativa voltada para as peculiaridades socioeconômicas e culturais dessa região, a fim de adequar o seu discurso a essas variáveis e tornar a educação em saúde plausível. Entretanto, a pesquisa na literatura evidenciou uma falta de estudos que analisem as mudanças paralinguísticas necessárias ao profissional de enfermagem que pretende orientar a população diabética do semiárido quando comparadas a outras localidades. Verificou-se, ainda, que a Teoria das Relações Interpessoais possui arcabouço teórico para nortear as intervenções educativas voltadas para os portadores de Diabetes Mellitus, levando-se em conta tanto ações individuais como em grupos.