A lei 7.827, de 27 de setembro de 1989, regulamentando a Constituição Federal, define como semiárido a região inserida na área de atuação da SUDENE, com precipitação pluviométrica média anual igual ou inferior a 800 mm. O semiárido brasileiro abrange 1.134 municípios (IBGE, 2010), com uma área de 969.589,4 Km², correspondente a quase 90% da região Nordeste (presente nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe e norte de Minas gerais). A região tem uma parte expressiva da população; 34% da população do Nordetse e 12% da população do Brasil. O semiárido tem complicações agroecológicas devido, essencialmente, a escassez de chuvas, dificultando a permanência e qualidade de vida das comunidades. Nesse contexto, o artigo objetiva evidenciar técnicas rudimentares de produção em alguns desses estabelecimentos e os desafios que podem tornar uma mineração insustentável em sustentabilidade. A abordagem dialética permitiu verificar que a Província Pegmatítica da Borborema-Seridó detém uma série de corpos mineralizados e é uma importante fornecedora de matérias-primas minerais para diversos setores da indústria. Porém, as minerações ali presentes são em sua grande maioria de pequeno porte e muitas delas trabalham de forma artesanal, com o mínimo de tecnologia aplicada em suas operações, e entende-se que estas necessitam de apoio, visto que em muitos casos funcionam na informalidade e ilegalidade, proporcionando um ambiente inseguro e ambientalmente irresponsável, e dessa forma se torna difícil aquela mineração executar operações sustentáveis. Entretanto, se for usado técnicas científicas adequadas a mineração pode ser uma atividade que venha a somar valor à economia local, contribuindo com a erradicação da pobreza, aumentando a renda e a gama de possibilidades de sustento.