Atividades de extração mineral exigem um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. Há princípios técnicos relacionados à execução deste plano que muitas vezes não chegam até os proprietários das áreas impactadas nem tão pouco aos mineradores. Logo neste estudo se quis compreender a visão destes e suas principais demandas e/ou impasses na fase de execução dos PRAD’s. Trabalhou-se com 22 representantes de uma cooperativa consolidada na região que possui licenciamento das áreas de extração. Dividiu-se a análise em cinco etapas que compreenderam desde o levantamento da realidade socioeconômica até questões mais específicas aos estudos ambientais e suas formas de execução, a partir de encontros e oficinas em campo, junto ao estudo dos planos elaborados pela consultoria ambiental contratada, além de estudo bibliográfico. Pôde-se constatar a necessidade de maiores esclarecimentos pelas consultorias contratadas e pelo órgão ambiental. Identificou-se que o orçamento de execução nas áreas é por volta de R$ 28.000, 00. Entretanto os maiores custos são nas atividades iniciais, gerados pela necessidade de maquinário. Os demais custos como a compra de adubo e das mudas podem ser minimizados pela construção de viveiro e práticas de compostagem entre os integrantes da cooperativa. Identificou-se ainda necessidade de um sistema de gestão ambiental construído de forma participativa, para racionamento dos recursos necessários à atividade e à recuperação, principalmente quanto aos recursos hídricos. Em relação aos PRAD’s apresentaram-se muito semelhantes, não abordando as peculiaridades e breve diagnóstico ambiental específico, mantiveram um valor de execução fixo apesar das diferenças encontradas em cada lavra de extração.