As plantas medicinais e a fitoterapia são elementos que constituem parte da biodiversidade e são largamente utilizadas desde os primórdios da civilização por vários povos e de diversas maneiras. Atualmente, cerca de 80% da população utiliza recursos da medicina popular para tratamento de alguma doença ou atenção primária à saúde, sendo que os conhecimentos das técnicas utilizadas e o emprego são transmitidos por gerações de forma oral. Estas informações são preocupantes no meio científico, pois pouco se sabe sobre a confiabilidade e segurança do uso da maioria das plantas medicinais. Contudo, é possível evidenciar o crescente aumento das pesquisas e emprego de técnicas modernas de farmacologia, bioquímica, toxicologia e biologia molecular para avaliar, e validar o uso de plantas medicinais. Destarte, o presente estudo objeta verificar, quais as plantas medicinais mais utilizadas nas cidades de Soledade e Lagoa Seca, e comparar o conhecimento popular com o científico acerca dessas. Para isso foi realizada uma revisão integrativa da literatura na base de dados da SCIELO entre os meses de Setembro e Outubro de 2016, tendo em vista alcance dos objetivos. Diante deste contexto, torna-se necessário o entendimento etnobonânico e etnofarmacológico das plantas medicinais utilizadas nos cuidados primários à saúde, a importância do conhecimento popular e a unificação da ciência para melhorar a aplicabilidade e o uso deste recurso natural. Devemos ter em mente as particularidades de cada pessoa, as contraindicações para certas fases da vida, o modo de preparo, pois tudo influencia na cura ou na cronicidade das patologias. Portanto, faz-se necessário a educação permanente em saúde da população acerca do uso racional de plantas medicinais.