A cajucultura tem grande relevância pela geração de emprego e renda para economia do Nordeste brasileiro, além de ser uma das principais fontes geradoras de divisas para a região, porém o decréscimo da produtividade dos pomares observado nos últimos anos está relacionado, dentre outros fatores, com a ocorrência de plantas daninhas que reduzem diretamente o rendimento da cultura pois competem por água, luz, nutrientes e espaço e, indiretamente, quando servem de hospedeiras para algumas doenças e pragas. Diante a importância econômica da cultura do cajueiro, tornou-se necessário a realização deste trabalho, visando a reunião de informações que serão utilizadas para prevê a necessidade de controle ou não das plantas daninhas no campo, com a implantação futura de um programa de manejo e métodos adequados pela análise dos estudos fitossociológicos em propriedades agrícolas, com as adequações necessárias de manejo da cultura e uma utilização mais racional dos herbicidas, com base em considerações de custo/benefício na produção. O experimento foi instalado em delineamento em blocos ao acaso, com seis repetições. As plantas de cajueiro em formação foram demarcadas para cada tratamento e o coroamento das mudas de caju com 2,0 m de diâmetro com duas irrigações diárias. Assim, os períodos de avaliação que constituíram os tratamentos foram: 0-15 dias, 0-30 dias, 0-60 dias, 0-75 dias, 0-90 dias após o coroamento das parcelas, onde ao fim de cada período realizou-se as coletas das plantas daninhas. De acordo com os índices fitossociológicos, não houve o aparecimento de plantas monocotiledôneas. Dentre as dicotiledôneas que apareceram na área experimental destacaram-se Alternanthera brasiliana e Sida cordifolia com maiores dominâncias relativas e Densidades relativas durante todo os períodos, contudo a A. brasiliana foi a mais representativa dos índices fitossociológicos. Portanto, qualquer medida de controle adotado na área deve ser direcionada primeiro para as dicotiledôneas, sendo seguida pelo controle de espécies específicas com A. brasiliana obtendo-se assim um controle mais satisfatório e menos oneroso, a partir do pressuposto que o uso de herbicidas para outras plantas daninhas não sejam utilizados.