Recentemente, muito tem se estudado as reais causas das malformações em ruminantes, e uma das principais evidências que os pesquisadores destacam, são os princípios teratogênicos de plantas tóxicas que inviabiliza o bom desenvolvimento do embrião durante o período gestacional de animais que se alimentam dessas plantas. Desta forma, objetivou-se desenvolver uma pesquisa com produtores, médicos veterinários, zootecnistas, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas que exercem suas atividades nas zonas rurais do Curimataú Paraibano. O presente trabalho foi realizado em quatro municípios da microrregião do Curimataú Ocidental da Paraíba, incluindo Barra de Santa Rosa, Cuité, Nova Floresta e Sossego. As entrevistas foram realizadas por meio de 3 formulários estruturados, entre os meses de Junho à Agosto de 2016. Para a realização desta pesquisa, foram entrevistados 24 participantes no total (6 representantes de cada município). As respostas atribuídas pelos participantes referentes às indagações propostas durante as entrevistas foram analisadas qualitativamente. Verificou-se que ao decorrer das entrevistas nos diferentes municípios, muitos produtores desconheceram os efeitos teratogênicos da Mimosa tenuiflora “jurema preta” e da Aspidosperma pyrifolium “pereiro”, muitos relataram ainda que usam estas plantas como alimento durante os períodos de estiagem. Alguns produtores associaram as malformações ocorridas nos rebanhos ao grau de parentesco entre os animais, pois segundo eles, este é o principal motivo para que haja o nascimento de indivíduos com uma determinada deficiência. Diante do exposto, pode-se concluir que é necessária a divulgação do conhecimento científico sobre as plantas teratogênicas nas propriedades rurais dos municípios do Curimataú Paraibano.