INTRODUÇÃO: Durante a vida intrauterina as funções fetais são realizadas, em grande parte, através da placenta onde a circulação placentária fornece ao feto as substâncias necessárias para sua sobrevivência. As alterações que ocorrem nos sistemas cardíaco e respiratório no organismo durante a passagem da vida intrauterina para a extra, são causadas pela cessação do fluxo sanguíneo por meio da placenta e início da respiração inerente do recém-nascido (RN), onde passa a assumir funções cardiopulmonares próprias. OBJETIVO: Descrever as particularidades anatomofisiológicas do sistema cardiorrespiratório no período de transição fetal-neonatal. MATERIAIS E MÉTODOS: O processo de elaboração do trabalho se deu mediante a busca de literaturas científicas na Plataforma oficial do Ministério da Saúde e publicações da base de dados SciELO – Scientific Electronic Library Online. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados positivos no processo de adaptação imediata à vida extrauterina dependem principalmente da presença de uma função cardiopulmonar adequada. Os ajustes circulatórios presentes ao nascimento com a ausência das funções placentárias serão o fechamento e encerramento de alguns componentes até agora presentes. Além disso, o recém-nascido terá que se adaptar à vida extrauterina e normalmente começa a respirar segundos após o parto, onde a hipóxia e a exposição a uma temperatura diferenciada servem como estímulo súbito para a ativação do sistema respiratório. CONCLUSÕES: A transição que ocorre no momento do nascimento se caracteriza por modificações anatomofisiológicas para o RN, tendo em vista que sairá do ambiente ao qual está habituado e ingressará em um espaço com condições hostis das anteriores.