A comunicação interatrial (CIA) é um defeito congênito do septo atrial, parede muscular que divide os átrios (DÂNGELO; FATTINI, 2002) que por sua vez apresenta um orifício que comunica o átrio direito com o esquerdo. Segundo o Hospital Infantil Sabará - MG, esses defeitos ocorrem em 5 à 10% de todos os nativivos que apresentam algum defeito cardíaco congênito, sendo as meninas duas vezes mais acometidas que os meninos. O desenvolvimento inicial do coração ocorre durante as primeiras oito semanas de desenvolvimento embrionário, começando com uma espécie de tubo oco, então formam-se câmaras dentro deste tubo, que eventualmente se
tornam as paredes que o dividem em lado esquerdo e lado direito, essas paredes são chamadas de septo atrial. Trata-se de uma revisão de literatura, onde foram analisados artigos do banco de dados Scientific Electronic Library Online- SciELO, Arquivos Brasileiros de Cardiologia, revista cientifica oficial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, de modo que apresentassem relação com o tema da pesquisa. Entre os dois tipos de comunicação interatrial, o Ostium secundum, que afeta a parte medial do septo interatrial, é o mais comum; o Ostium primum, que afeta a parte inferior, é muito comum na Síndrome de Down segundo uma pesquisa realizada em 1995 por Nunes et. al, onde já mostrava que 6,75% de casos em sua pesquisa que tratava acerca da incidência de
cardiopatias congênitas na Síndrome de Down, eram de Comunicação Interatrial do tipo Ostium Primum, e apenas 2,25% dos casos eram do tipo Ostium Primum.