O processo de recuperação de áreas degradadas no bioma Caatinga, passa necessariamente pela reposição das espécies florestais nativas deste bioma. Contudo, para que este processo seja bem-sucedido, faz-se necessário compreender melhor as limitações nutricionais das espécies a serem empregadas, tendo em vista que tais espécies podem apresentar crescimento muito limitado nessas condições. O jucá (Caesalpinia ferrea) é uma das espécies presentes na caatinga que tem sofrido grande exploração, isto devido a sua intensa utilização, principalmente na produção de carvão e uso da lenha. Tal situação se agrava pela carência de informações cientificas sobre a mesma, principalmente relacionadas a sua exigência nutricional. Tornando assim, relevante o estudo desta espécie a fim de observar o seu desenvolvimento em relação a sua nutrição, para que se possa oferecer uma melhor condição de crescimento em solos degradados. Nos solos do semiárido, os teores de fósforo (P) e de matéria orgânica, geralmente estão em níveis baixos, o que pode comprometer o crescimento das espécies. Neste trabalho objetivou-se estudar o crescimento inicial de Caesalpinia ferrea sob doses de fósforo e matéria orgânica cultivada em Luvissolo Crômico. O experimento foi realizado em casa de vegetação no período de abril de 2017 a setembro de 2017 no Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande (CCTA), Campus de Pombal-PB. O trabalho foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 5x2 com 4 repetições, sendo cinco doses de fósforo (0, 50, 100, 150, e 200 mg/dm3) e dois níveis de matéria orgânica (0 e 50g/kg). Ao termino de 120 dias de cultivo, foi observado que adição de P e matéria orgânica é importante para estimular o maior desenvolvimento foliar e massa produzida por plantas de Caesalpinia ferrea cultivadas em Luvissolo Crômico. As doses de P aplicadas foram potencializadas pela adição de matéria orgânica ao solo.