A sa?de do adolescente, no momento atual, est? sendo considerada uma prioridade em muitos pa?ses. A adolesc?ncia configura-se como um per?odo complicado da vida, no qual o sujeito n?o ? mais crian?a, mas tamb?m n?o ? um adulto pleno. Nessa etapa da vida, o sujeito est? pronto para iniciar sua vida sexual, e isso est? repercutindo o aumento de casos de doen?as sexualmente transmiss?veis (DST), em especial a Aids, n?o sendo raro encontrarmos not?cias como: ?Maior crescimento de casos de Aids est? entre jovens de 15 a 24 anos?. Desta forma, nesse trabalho pretendemos apresentar discuss?es oriundas da realiza??o de um dilema moral com grupos de adolescentes brasileiros e cabo-verdianos. O dilema tratava da problem?tica de um adolescente ? Marcelo ? que conheceu uma garota em uma festa e, ap?s a festa convidou a menina para ir ? sua casa, pois seus pais estavam viajando e ele estava sozinho. A menina aceitava o convite e chegando l? ?o clima foi esquentando?, at? que ambos resolveram transar. Nisso, o menino foi buscar o preservativo, mas n?o encontrou e lembrou-se que n?o havia mais em sua casa. Nesse cen?rio era questionado aos grupos: ?O que Marcelo deve fazer? Por qu???. Participaram do estudo 45 adolescentes, divididos em cinco grupos, tr?s grupos realizados no Cabo Verde e dois no Brasil. A t?cnica utilizada para an?lise dos dados foi o Discurso do Sujeito Coletivo. Produzimos quatro discursos, dois referentes a cada contexto. Nos discursos, de ambos os contextos, podemos ver que parte dos adolescentes acreditam que os adolescentes n?o realizariam o ato sexual, pelo fato de n?o possu?rem o preservativo e poderem contrair DST ou uma gravidez indesejada. J?, outros adolescentes, julgam que ?as coisas estavam quentes, quando a temperatura fica quente, ? dif?cil de controlar?. Os adolescentes de Cabo Verde consideram que ?eles n?o v?o pensar nas doen?as? e sugerem que ?eles deveriam usar outro m?todo que ? o coito interrompido?. Os brasileiros apontam que ?se ela toma anticoncepcional, eu acho que a? que ela ia aceitar, nem que seja uma rapidinha. ? uma garantia para ela?. Com esses fragmentos podemos perceber que a gravidez se configura como algo que exerce mais temor nos adolescentes do que o risco de se contrair uma DST/Aids, colocando esses sujeitos em um grupo de risco para contamina??es.