DA ESTRANHEZA AO ESTRANHAMENTO NA FORTUNA CRÍTICA DO EU
"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 4479 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 1081 "inscrito_id" => 439 "titulo" => "DA ESTRANHEZA AO ESTRANHAMENTO NA FORTUNA CRÍTICA DO EU" "resumo" => "DA ESTRANHEZA AO ESTRANHAMENTO NA FORTUNA CRÍTICA DO EUMario Cesar Newman de QueirozA poesia de Augusto dos Anjos recebeu logo na estreia atenção da crítica. O que causa certa surpresa, pois, como ressalta José Paulo Paes, tratava-se do primeiro livro de rapazola de província recém-chegado ao Rio de Janeiro sem inserção na vida literária da capital. Mas o que chama atenção também, e que se tornará por muitos anos um lugar comum crítico, é uma aceitação parcial da poesia de Augusto. Mesmo quando há um retumbante elogio, como fez Euricles de Matos, em A Tribuna, em 13 de junho de 1912, talvez apenas 7 dias após o lançamento, ao colocar o Eu como o acontecimento literário do ano, há sempre um senão, um remendo a ser feito. E esse senão recai exatamente, podemos perceber hoje, sobre o que torna a poesia de Augusto dos Anjos tão própria, tão singular: seu movimento de desterritorialização de temas e vocabulários de diferentes campos de leitura, dos almanaques, da filosofia, da religião, das gazetas, do cientificismo, sobretudo do cientificismo de Ernest Haeckel, para reterritorializá-los em seus procedimentos poéticos. Muito desse elogio com reprovação não se modificará mesmo com a retomada do autor pela crítica especializada, universitária dos anos 60 e 70, como buscaremos demonstrar. A situação somente começa a se transformar com o deslocamento da estranheza desabonadora para o estranhamento valorativo com Josè Paulo Paes já em meados dos anos 80. Foi preciso superar a desconfiança da primeira crítica, ainda pautada em valores românticos e impressionistas, a desconsideração dos modernistas (exceto Bandeira), a purgação ideológica da crítica universitária de muita gente consagrada, para que os traços singularizadores da poesia de Augusto fossem tratados com positividade. Acompanhar esse roteiro crítico é vital para aquilatar essa poesia e as limitações da crítica, mesmo a mais especializada.Palavras Chave: Augusto dos Anjos, Poesia Brasileira, Crítica Literária." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_439_75afe6eb1819c2fa570cc73c6268bbf2.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "MARIO CESAR NEWMAN DE QUEIROZ" "autor_nome_curto" => "MARIO NEWMAN" "autor_email" => "mcnewman@ufrrj.br" "autor_ies" => "UFRJ" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 4479 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 1081 "inscrito_id" => 439 "titulo" => "DA ESTRANHEZA AO ESTRANHAMENTO NA FORTUNA CRÍTICA DO EU" "resumo" => "DA ESTRANHEZA AO ESTRANHAMENTO NA FORTUNA CRÍTICA DO EUMario Cesar Newman de QueirozA poesia de Augusto dos Anjos recebeu logo na estreia atenção da crítica. O que causa certa surpresa, pois, como ressalta José Paulo Paes, tratava-se do primeiro livro de rapazola de província recém-chegado ao Rio de Janeiro sem inserção na vida literária da capital. Mas o que chama atenção também, e que se tornará por muitos anos um lugar comum crítico, é uma aceitação parcial da poesia de Augusto. Mesmo quando há um retumbante elogio, como fez Euricles de Matos, em A Tribuna, em 13 de junho de 1912, talvez apenas 7 dias após o lançamento, ao colocar o Eu como o acontecimento literário do ano, há sempre um senão, um remendo a ser feito. E esse senão recai exatamente, podemos perceber hoje, sobre o que torna a poesia de Augusto dos Anjos tão própria, tão singular: seu movimento de desterritorialização de temas e vocabulários de diferentes campos de leitura, dos almanaques, da filosofia, da religião, das gazetas, do cientificismo, sobretudo do cientificismo de Ernest Haeckel, para reterritorializá-los em seus procedimentos poéticos. Muito desse elogio com reprovação não se modificará mesmo com a retomada do autor pela crítica especializada, universitária dos anos 60 e 70, como buscaremos demonstrar. A situação somente começa a se transformar com o deslocamento da estranheza desabonadora para o estranhamento valorativo com Josè Paulo Paes já em meados dos anos 80. Foi preciso superar a desconfiança da primeira crítica, ainda pautada em valores românticos e impressionistas, a desconsideração dos modernistas (exceto Bandeira), a purgação ideológica da crítica universitária de muita gente consagrada, para que os traços singularizadores da poesia de Augusto fossem tratados com positividade. Acompanhar esse roteiro crítico é vital para aquilatar essa poesia e as limitações da crítica, mesmo a mais especializada.Palavras Chave: Augusto dos Anjos, Poesia Brasileira, Crítica Literária." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_439_75afe6eb1819c2fa570cc73c6268bbf2.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "MARIO CESAR NEWMAN DE QUEIROZ" "autor_nome_curto" => "MARIO NEWMAN" "autor_email" => "mcnewman@ufrrj.br" "autor_ies" => "UFRJ" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }