Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

ANALISE DO PERFIL MOTIVACIONAL DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS DA CIDADE DE UBAJARA-CE

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A motivação pode ser entendida ora como um processo, ora como um fator psicológico ou conjunto de fatores, com direção a uma meta. Vernon (1973) afirma que "a motivação é uma experiência interna que não pode ser diretamente estudada". Mesmo assim, é possível, através de diferentes instrumentos caracterizar comportamentos de escolha motivada. Este trabalho foi desenvolvido seguindo os preceitos da Teoria da Autodeterminação, que, dentro das Teorias Sócio-cognitivas, é a que melhor nos ajuda a compreender as questões motivacionais no contexto escolar. Isso se dá devido a teoria acreditar no ser humano como organismo ativo, que aponta para o crescimento, desenvolvimento integrado do sentido do "eu" e para integração com as estruturas sociais. Dentro da teoria da autodeterminação, existem cinco tipos de regulações comportamentais, onde se propõe a existência de um continuum de autodeterminação, sendo um, da motivação intrínseca e quatro para a extrínseca (regulação externa, introjetada, identificada e integrada). A pesquisa foi realizada em duas escolas de ensino médio, uma de ensino regular (Escola A) e outra profissional (Escola B), da rede pública da cidade de Ubajara-CE. Ao todo 92 estudantes, dos três anos do ensino médio, participaram da pesquisa. Neste trabalho foi utilizado como instrumento quantitativo para levantamento de dados, um questionário usando a escala de Likert composta por 18 itens para a análise do perfil motivacional do aluno. A escala de Likert é um tipo e escala de resposta psicométrica usada comumente em questionários de pesquisas de opinião, baseados em níveis de concordância ou discordância para uma dada questão. Portanto, será utilizado o continuum de motivação juntamente com a escala de Likert, em seis níveis de motivações: amotivação, regulação externa, regulação introjetada, regulação identificada, regulação integrada e motivação intrínseca. Aos dados obtidos foram aplicados o cálculo do Ranking Médio, onde valores próximos a zero representam discordância e próximos a 7 mostram concordância total. Em seguida, os dados analisados utilizando-se de estatística descritiva (média, M e desvio padrão, DP). Análises de variância (Teste-T e ANOVA) foram realizadas para determinação das relações entre as variáveis obtidas. Na escola A foram observados baixos níveis de desmotivação (M = 1,68; DP = 0,11), sem variação entre os anos do Ensino Médio (EM). Isso já representa um paradoxo, pois é praticamente um senso comum que a desmotivação é latente nos alunos de ensino médio de escolas públicas. 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Consequentemente, o que parece estar acontecendo é que aluno está diminuindo sua percepção de como a disciplina de química é importante para que alcance seus objetivos. Para os demais tipos motivacionais, estatisticamente, não há diferenças, apesar de se observar uma nítida tendência de diminuição em todas as orientações motivacionais entre os anos escolares. Na escola B observou-se que a motivação extrínseca por regulação Integrada apresentou maior média (M = 5,83; DP = 0,37), seguida por motivação extrínseca por regulação Identificada (M = 5,12; DP = 0,39) e regulação Introjetada (M = 4,93; DP = 0,48). É notável que a regulação Integrada é o tipo de motivação mais presente nos alunos de ambas as escolas. Este tipo de regulação é o que mais se aproxima da motivação Intrínseca em seu grau de autodeterminação. Contudo, difere-se no que tange a realização de atividades e sua importância para obtenção de metas e valores internalizados. Somente ambientes encorajadores de autonomia renderão autorregulação Integrada. Foi possível através de analises de variância que o 3º da escola B apresenta menor valor de motivação Intrínseca do que o 1º ano. No que diz respeito à Desmotivação, a escola B mostra resultado superior ao da escola A, M = 2,52; DP = 0,27. Comparando as escolas, além da diferença já citada no nível de Desmotivação representada pelo Teste-T [T(92) = 1,81; p<0,0121), no que tange a motivação Intrínseca também existem diferenças. Escola B apresentou valores mais baixos do que A, com M = 4,75; DP = 0,99. O Teste-T aplicado confirma a diferença, T(92)=1,75; p<0,0299. Os resultados mostram em geral que entre as escolas A e B existe uma tendência similar na forma como o continuum da autodeterminação está distribuído, com a existência de alguma particularidades. Isso pode representar uma similaridade em ambas no que diz respeito tanto aos níveis de exigência quanto à forma que se dá autonomia aos alunos. Mesmo sendo a escola B de tempo integral, os alunos da escola A também podem sentir-se pressionados pelos mesmos ou diferentes agentes externos. Também foi possível perceber que ao longo do ensino médio, os níveis de motivação mais ligados à autonomia tendem a diminuir, corroborando com relatos obtidos na literatura. Palavras-chave: Teoria da Autodeterminação; Escola Profissional; Escola Regular; escala Likert. REFERÊNCIAS BZUNECK, J. A. (2005). A motivação dos alunos em cursos superiores. In M. C. R. A. Joly, A. A. A. Santos, & F. F. Sisto (Orgs.), Questões do cotidiano universitário (pp. 217-237). São Paulo: Casa do Psicólogo. BZUNECK, J. A. A Motivação do Aluno: Aspectos Introdutórios. Em Boruchovitch, E. e BZUNECK, J. A (orgs). A Motivação do Aluno: Contribuições da Psicologia Contemporânea (p. 9-36). Petrópolis, ed. Vozes. 2009. GUIMARÃES, S. E. R.; BZUNECK, J. A. Propriedades psicométricas de um instrument para avaliação da motivação de universitários. Ciências & Cognição, vol. 13, p. 101-113, 2008. LEAL, E. A.; MIRANDA, G. J.; CARMO, C. R. S. Teoria da Autodeterminação: uma Análise da Motivação dos Estudantes do Curso de Ciências Contábeis. R. Cont. Fin. vol. 24, p. 162-173, 2013. LIMA, G. B. A motivação de alunos de agronomia: uma visão a partir da teoria da autodeterminação. Dissertação de Mestrado, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, Instituto de Educação. Lisboa, 2014."
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Portanto, será utilizado o continuum de motivação juntamente com a escala de Likert, em seis níveis de motivações: amotivação, regulação externa, regulação introjetada, regulação identificada, regulação integrada e motivação intrínseca. Aos dados obtidos foram aplicados o cálculo do Ranking Médio, onde valores próximos a zero representam discordância e próximos a 7 mostram concordância total. Em seguida, os dados analisados utilizando-se de estatística descritiva (média, M e desvio padrão, DP). Análises de variância (Teste-T e ANOVA) foram realizadas para determinação das relações entre as variáveis obtidas. Na escola A foram observados baixos níveis de desmotivação (M = 1,68; DP = 0,11), sem variação entre os anos do Ensino Médio (EM). Isso já representa um paradoxo, pois é praticamente um senso comum que a desmotivação é latente nos alunos de ensino médio de escolas públicas. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

A ausência de motivação no ambiente escolar é um aspecto inquietante em direção ao futuro da educação brasileira. Alunos desmotivados estudam pouco ou nada e, consequentemente, aprendem muito pouco. Em última instância, aí se configura uma situação educacional que impede a formação de indivíduos mais competentes para exercerem a cidadania e realizarem-se como pessoas, além de se capacitarem a aprender pela vida afora. É de suma importância que se busque conhecer e compreender os processos causadores de desmotivação, para que se possa buscar melhores metodologias para se superar este problema. Para isso, este trabalho se propõe a traçar um perfil motivacional dos alunos do ensino médio de escola regular e de ensino profissional na cidade de Ubajara, Ceará. A motivação é um conjunto de variáveis que ativam uma conduta e orientam em determinado sentido para poder alcançar um objetivo, deste modo, manifesta-se em diversos atos que conduzem os seres a alcançar suas metas. A motivação pode ser entendida ora como um processo, ora como um fator psicológico ou conjunto de fatores, com direção a uma meta. Vernon (1973) afirma que "a motivação é uma experiência interna que não pode ser diretamente estudada". Mesmo assim, é possível, através de diferentes instrumentos caracterizar comportamentos de escolha motivada. Este trabalho foi desenvolvido seguindo os preceitos da Teoria da Autodeterminação, que, dentro das Teorias Sócio-cognitivas, é a que melhor nos ajuda a compreender as questões motivacionais no contexto escolar. Isso se dá devido a teoria acreditar no ser humano como organismo ativo, que aponta para o crescimento, desenvolvimento integrado do sentido do "eu" e para integração com as estruturas sociais. Dentro da teoria da autodeterminação, existem cinco tipos de regulações comportamentais, onde se propõe a existência de um continuum de autodeterminação, sendo um, da motivação intrínseca e quatro para a extrínseca (regulação externa, introjetada, identificada e integrada). A pesquisa foi realizada em duas escolas de ensino médio, uma de ensino regular (Escola A) e outra profissional (Escola B), da rede pública da cidade de Ubajara-CE. Ao todo 92 estudantes, dos três anos do ensino médio, participaram da pesquisa. Neste trabalho foi utilizado como instrumento quantitativo para levantamento de dados, um questionário usando a escala de Likert composta por 18 itens para a análise do perfil motivacional do aluno. A escala de Likert é um tipo e escala de resposta psicométrica usada comumente em questionários de pesquisas de opinião, baseados em níveis de concordância ou discordância para uma dada questão. Portanto, será utilizado o continuum de motivação juntamente com a escala de Likert, em seis níveis de motivações: amotivação, regulação externa, regulação introjetada, regulação identificada, regulação integrada e motivação intrínseca. Aos dados obtidos foram aplicados o cálculo do Ranking Médio, onde valores próximos a zero representam discordância e próximos a 7 mostram concordância total. Em seguida, os dados analisados utilizando-se de estatística descritiva (média, M e desvio padrão, DP). Análises de variância (Teste-T e ANOVA) foram realizadas para determinação das relações entre as variáveis obtidas. Na escola A foram observados baixos níveis de desmotivação (M = 1,68; DP = 0,11), sem variação entre os anos do Ensino Médio (EM). Isso já representa um paradoxo, pois é praticamente um senso comum que a desmotivação é latente nos alunos de ensino médio de escolas públicas. No geral, na Escola A observa-se níveis maiores de motivação extrínseca Integrada (M = 6,36; DP= 0,33), seguida por motivação Intrínseca (M = 5,72; DP = 0,59) e motivação extrínseca Introjetada (M = 5,70; DP = 1,09). A proximidade das médias corrobora com o conceito de continuum entre as orientações motivacionais, onde uma coexiste com a outra, apresentando até mesmo uma relação de complementaridade. A análise de variância ANOVA somente revelou diferenças entre os valores de motivação identificada entre os diferentes anos do EM. Uma análise pareada por Teste-T revelou diferenças entre o 1º (M = 6,16; DP = 0,20) e 3º ano (M = 4,17; DP = 0,61) na Escola A. Na regulação Identificada, ocorre uma prévia avaliação das condições do contexto e indivíduo pela ação momentaneamente conveniente, ou seja, há uma consciência das consequências externas. 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Somente ambientes encorajadores de autonomia renderão autorregulação Integrada. Foi possível através de analises de variância que o 3º da escola B apresenta menor valor de motivação Intrínseca do que o 1º ano. No que diz respeito à Desmotivação, a escola B mostra resultado superior ao da escola A, M = 2,52; DP = 0,27. Comparando as escolas, além da diferença já citada no nível de Desmotivação representada pelo Teste-T [T(92) = 1,81; p<0,0121), no que tange a motivação Intrínseca também existem diferenças. Escola B apresentou valores mais baixos do que A, com M = 4,75; DP = 0,99. O Teste-T aplicado confirma a diferença, T(92)=1,75; p<0,0299. Os resultados mostram em geral que entre as escolas A e B existe uma tendência similar na forma como o continuum da autodeterminação está distribuído, com a existência de alguma particularidades. Isso pode representar uma similaridade em ambas no que diz respeito tanto aos níveis de exigência quanto à forma que se dá autonomia aos alunos. Mesmo sendo a escola B de tempo integral, os alunos da escola A também podem sentir-se pressionados pelos mesmos ou diferentes agentes externos. Também foi possível perceber que ao longo do ensino médio, os níveis de motivação mais ligados à autonomia tendem a diminuir, corroborando com relatos obtidos na literatura. Palavras-chave: Teoria da Autodeterminação; Escola Profissional; Escola Regular; escala Likert. REFERÊNCIAS BZUNECK, J. A. (2005). A motivação dos alunos em cursos superiores. In M. C. R. A. Joly, A. A. A. Santos, & F. F. Sisto (Orgs.), Questões do cotidiano universitário (pp. 217-237). São Paulo: Casa do Psicólogo. BZUNECK, J. A. A Motivação do Aluno: Aspectos Introdutórios. Em Boruchovitch, E. e BZUNECK, J. A (orgs). A Motivação do Aluno: Contribuições da Psicologia Contemporânea (p. 9-36). Petrópolis, ed. Vozes. 2009. GUIMARÃES, S. E. R.; BZUNECK, J. A. Propriedades psicométricas de um instrument para avaliação da motivação de universitários. Ciências & Cognição, vol. 13, p. 101-113, 2008. LEAL, E. A.; MIRANDA, G. J.; CARMO, C. R. S. Teoria da Autodeterminação: uma Análise da Motivação dos Estudantes do Curso de Ciências Contábeis. R. Cont. Fin. vol. 24, p. 162-173, 2013. LIMA, G. B. A motivação de alunos de agronomia: uma visão a partir da teoria da autodeterminação. Dissertação de Mestrado, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, Instituto de Educação. Lisboa, 2014.

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