O ENSINO DA ASTRONOMIA COMO FACILITADOR NOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE FÍSICA x FORMAÇÃO DOCENTE PARA DESENVOLVER TAIS HABILIDADES Renata Nascimento dos Santos [1]/ renata9090.rs@gmail.com/Instituto Federal de Sergipe - Campus Lagarto Alana Oliveira dos Santos / Instituto Federal de Sergipe - Campus Lagarto Vitor Santos Silva / Instituto Federal de Sergipe - Campus Lagarto Bruna da Costa Andrade/ Instituto Federal de Sergipe - Campus Lagarto Eixo Temático: Políticas educacionais, avaliação e Currículo Agência Financiadora: Instituto Federal de Sergipe - Campus Lagarto Resumo Com a reformulação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e da criação do Plano Comum Curricular (PCN), o Brasil passou a ter uma nova roupagem na área educacional onde o indivíduo ganharia autonomia educacional e teria uma formação ética, sendo assim, um cidadão modelo. Esta nova visão, está voltada para a formação de um cidadão moderno, atuante, que permita a compreensão da realidade (DAMASCENO, 2016). Entretanto, na atualidade, é muito comum acharmos escolas onde o ensino ainda é uma rotina de mesmice onde o ensino é somente assuntos no quadro e a resolução de questões, de certa forma chega a ser hipócrita, pois, mesmo com os avanços do país é como se a educação estivesse estagnada no mesmo local a décadas. A astronomia desperta o interesse dos alunos e está presente na estrutura curricular, porém, o assunto não é tratado de forma sucinta e as vezes nem é abordado nas aulas. No Brasil, apenas alguns cursos superiores oferecem disciplinas específicas sobre Astronomia e, somente parte deles, consideram em seus cursos de licenciaturas (BRETONES, 1999). A vista disso, notamos que os conteúdos ligados à astronomia estão perdendo cada vez mais espaço no campo educacional, tanto do nível médio quanto superior. Podemos atribuir esta falta da Astronomia em sala de aula a alguns fatores: a má formação inicial dos docentes, a pouca ou quase nenhuma formação continuada; a escassez de material didático de qualidade e livros didáticos que apresentam erros conceituais (LANGHI, 2009). Logo, se de um lado há a má formação dos professores na área astronômica, do outro, há a pouca ou nenhuma abordagem dos temas em sala de aula. Segundo o autor Kantor (2001), a Astronomia tem muito a contribuir para que os estudantes do ensino médio adquiram uma visão ampla e interdisciplinar do mundo físico e natural, pois nenhum outro ramo do conhecimento tem uma ligação tão forte com o Universo. Surgem perguntas, tais como: construir uma ponte entre os assuntos de física e a astronomia contribuirá na aprendizagem dos alunos? Assim como também irá promover uma maior afinidade com esse ramo da ciência? Diante disso, a astronomia esta presente no PCN mas muitas vezes, não é inclusa no ensino, assim, o objetivo desse trabalho é identificar de que forma a astronomia pode contribuir para a disciplina física, segundo a visão de alunos do ensino médio da rede pública. Este artigo está dividido em 4 partes: a primeira relata a interdisciplinaridade e sua correlação para um melhor entendimento da física. Na segunda, fala sobre a metodologia e sua forma de pesquisa situada nos estabelecimentos de ensino, Instituto Federal de Sergipe (IFS) e Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (CEPARD). A terceira mostra os resultados obtidos no questionário e quais as conclusões em cima dos dados, ou seja, quais as possíveis interpretações com as respostas obtidas. A partir dos dados fornecidos pelo questionário, foi possível compreender, de forma mais clara, a real situação a que os alunos entrevistados se encontravam. E na quarta parte, apresentamos nossas conclusões sobre a análise. De modo geral, este trabalho visa relatar de que modo à astronomia pode contribuir para a compreensão do ensino de física, por intermédio de uma pesquisa qualitativa e quantitativa. Foi aplicado um questionário no qual 80 alunos que cursam o primeiro ano do ensino médio participaram, e assim, diagnosticar os possíveis benefícios da introdução da astronomia nas aulas de física. Resultados preliminares indicam que foi possível perceber um grande número de alunos que gostam da matéria mas, infelizmente, existem várias barreiras para tal prosperidade no campo de ensino. O lado positivo que foi possível perceber com base nos dados coletados é que, boa parte do alunos concordam com a inserção da astronomia para um melhor aprendizado. Isso mostra o quanto essa ramificação da física, pode mudar o quadro da problemática se aplicada em sala de aula. Palavras-chave: Interdisciplinaridade, estrutura curricular, astronomia Referências BRETONES, P. S. Disciplinas introdutórias e Astronomia nos cursos superiores do Brasil. Dissertação (Mestrado em Geociências), Instituto de Geociências, UNICAMP, Campinas, 1999. DAMASCENO, Julio. O ensino de astronomia como facilitador nos processos de ensino e aprendizagem. Dissertação (mestrado) - FURG / Instituto de Matemática, Estatística e Física / Programa de Pós-Graduação Mestrado Nacional Profissional de Ensino de Física (MNPEF). Rio Grande do Sul, 2016. KANTOR, Carlos. A ciência do céu: uma proposta para o ensino médio, 2001. Disponível em: http://www.btdea.ufscar.br/arquivos/td/2001_KANTOR_D_USP.pdf. Acesso em: 19 de junho de 2018. LANGHI, Rodolfo. Astronomia dos anos iniciais do ensino fundamental: repensando a formação de professores. Tese (Doutorado)- Faculdade de Ciências, Bauru. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2009.