Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

O PROTAGONISMO ESTUDANTIL NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM TURMAS DO ENSINO MÉDIO DE UM COLÉGIO PÚBLICO DE SALVADOR - BA

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O projeto faz parte do plano de atividades de duas licenciandas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, subprojeto Biologia, da Universidade Federal da Bahia (Pibid - Bio/UFBA) que se iniciou com observações acerca do contexto socioeducacional dos estudantes, quando identificou-se que nas turmas em questão estava ocorrendo grande evasão, apatia e dispersão durante as aulas. Como isso, o próprio desenvolvimento das atividades da disciplina Biologia estava dificultado e fez-se necessário repensar sobre como atrair a atenção dos estudantes e seu entendimento sobre a Biologia. Optamos por investir em atividades lúdicas, em função do seu potencial educativo bem como outras que favorecessem o protagonismo estudantil dentro da sala de aula na forma de projeto de revitalização do espaço do laboratório de Ciências Naturais do Colégio, com o envolvimento de todos os alunos na produção de materiais que venham a integrar o acervo permanente deste laboratório. Goldbach (2013) aponta que os recursos didáticos são potentes objetos de ensino não somente pelo uso, mas sobretudo pelo incentivo à produção, ao planejamento e à pesquisa para elaboração do recurso. No momento que se permite o envolvimento dos estudantes com as atividades e com todos da sala de aula, cria-se um ambiente de socialização das informações, revelando outro ponto importante dos recursos didático-pedagógicos, que despertam nos estudantes a curiosidade, a capacidade de observar, de questionar e a vontade de participar das atividades. O ensino puramente verbalizado que é vivenciado nas aulas formais, por vezes torna-se desmotivador e pode vir a ser um obstáculo ao aprendizado, uma vez que é mais eficaz realizar uma experiência direta, vista e ouvida. O trabalho didático por nós conduzido consistiu em formação de equipes de acordo com a quantidade de alunos em cada sala. Os grupos ficaram responsáveis por trabalhar um sistema orgânico, no período de estudo da dos conteúdos de fisiologia humana. Para verificação e análise da participação dos estudantes são registrados dados de sua interação em sala de aula tirando dúvidas e dando contribuições. Para avaliar se os objetivos do trabalho foram alcançados, criou-se um barema de avaliação processual, no qual, mediu-se a quantidade de vezes que houve interação neste espaço, as dúvidas que apresentaram, críticas sobre o trabalho, bem como a qualidade das contribuições. O projeto foi apresentado nas turmas do 2º ano, quando foi explicado aos estudantes a proposta, a metodologia e os objetivos dos projetos. As mediadoras colocaram-se disponíveis aos alunos para fazer a orientação referente ao desenvolvimento e elaboração teórica do projeto. Cada turma foi convidada a participar de um grupo no aplicativo de mensagens instantâneas "whatsapp", para que houvesse um maior nível de interatividade e troca de informações, intimando-os a conduzir o processo. O nível de interação é semelhante entre as turmas do 2º ano X e Y, porém a turma W se mostrou silenciosa no começo e foi necessária maior atenção por parte das mediadoras para que fossem incentivados a participar. Dentro do resultado esperado ao criar um ambiente de socialização das informações, com interação frequente e direcionamento em sala de aula observou-se que os alunos estão participativos, opinando sobre o formato de avaliação, curiosos e questionadores, além de terem demonstrado o interesse de participar das atividades, direcionando o caminho que foram tomando. Houve muito interesse no espaço do Laboratório de Ciências Naturais, que não era explorado no Colégio e a expressão do desejo de que outras turmas tenham materiais que os mesmos não tiveram acesso. Começaram a pensar então em construir os recursos didáticos sobre os Sistemas do Corpo Humano de maneira mais durável possível, para possibilitar que outras turmas usem os recursos produzidos neste projeto, prezando ainda que a construção seja feita com material reciclado, não gerando custos exorbitantes. Alguns grupos de estudantes preferiram construir jogos dinâmicos, outros optaram por modelos interativos, de forma que as produções não foram apenas uma revisão do trabalho já visto nas aulas formais, mas sim uma construção prévia de temas que não haviam sido tratados, como doenças atreladas a cada sistema fisiológico e até mesmo as causadas pelo estilo de vida. Está sendo possível identificar que é possível construir conhecimento utilizando recursos pedagógicos diversificados e que a participação do estudante nas atividades em sala foi ampliada, nas turmas observadas, a partir do envolvimento dos mesmos como autores de seus processos de aprendizagem. Palavras-chave: protagonismo estudantil; recursos didáticos; ensino de Biologia; metodologias participativas Referências: GOLDBACH, Tânia. Diversificando Estratégias Pedagógicas com Jogos Didáticos voltados para o Ensino de Biologia: ênfase em Genética e Temas correlatos. In: Congresso Internacional sobre Investigación em Didáctica de las Ciencias. 9. Girona. Sep. 2013. MACHADO, Leonor. A favor da experimentação. Nova Escola, São Paulo, SP, v. 309, p. 05-06, fev. 2018. PASSOS, Éderson; TAKAHASHI, Eduardo. Recursos didáticos nas aulas de matemática nos anos iniciais: Critérios que orientam a escolha e o uso por parte de professores. Revista Brasileira de Estudos de Pedagogia. Brasília. v. 99, n. 251, p. 172-188, jan./abr. 2018. SANTOS, Ovídia Kaliandra Costa. Recursos Didáticos: Uma Melhoria na Qualidade da Aprendizagem. 2013. Disponível em: .Acesso em: 20 out. 2018. TEIXEIRA, Anísio. Pequena Introdução à Filosofia da Educação: A Escola Progressista ou a Transformação da Escola, 8 ed. 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Goldbach (2013) aponta que os recursos didáticos são potentes objetos de ensino não somente pelo uso, mas sobretudo pelo incentivo à produção, ao planejamento e à pesquisa para elaboração do recurso. No momento que se permite o envolvimento dos estudantes com as atividades e com todos da sala de aula, cria-se um ambiente de socialização das informações, revelando outro ponto importante dos recursos didático-pedagógicos, que despertam nos estudantes a curiosidade, a capacidade de observar, de questionar e a vontade de participar das atividades. O ensino puramente verbalizado que é vivenciado nas aulas formais, por vezes torna-se desmotivador e pode vir a ser um obstáculo ao aprendizado, uma vez que é mais eficaz realizar uma experiência direta, vista e ouvida. O trabalho didático por nós conduzido consistiu em formação de equipes de acordo com a quantidade de alunos em cada sala. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O PROTAGONISMO ESTUDANTIL NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM TURMAS DO ENSINO MÉDIO DE UM COLÉGIO PÚBLICO DE SALVADOR - BA Jamile Jesus dos Santos/ jamille_JS@hotmail.com/UFBA Renata Larissa dos Santos Barbosa/ UFBA Irleide Bitencourt/C.E. Pres. Costa e Silva Ana Verena Madeira/UFBA Eixo Temático: experimentação como caminho para maior entendimento e participação dos alunos na construção do conhecimento Agência Financiadora: CAPES Resumo Relatamos neste trabalho o desenvolvimento de um projeto de ensino-aprendizagem que se iniciou com objetivo de avivar a participação, o envolvimento e o entendimento - quanto a conteúdos de Biologia - de alunos que compõem três turmas do segundo ano do ensino médio de uma escola pública na cidade de Salvador. O projeto faz parte do plano de atividades de duas licenciandas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, subprojeto Biologia, da Universidade Federal da Bahia (Pibid - Bio/UFBA) que se iniciou com observações acerca do contexto socioeducacional dos estudantes, quando identificou-se que nas turmas em questão estava ocorrendo grande evasão, apatia e dispersão durante as aulas. Como isso, o próprio desenvolvimento das atividades da disciplina Biologia estava dificultado e fez-se necessário repensar sobre como atrair a atenção dos estudantes e seu entendimento sobre a Biologia. Optamos por investir em atividades lúdicas, em função do seu potencial educativo bem como outras que favorecessem o protagonismo estudantil dentro da sala de aula na forma de projeto de revitalização do espaço do laboratório de Ciências Naturais do Colégio, com o envolvimento de todos os alunos na produção de materiais que venham a integrar o acervo permanente deste laboratório. 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São Paulo: Editora Nacional, 1978.

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