Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PLANEJAMENTO E MONTAGEM DE MODELO E JOGO DIDÁTICO COMO RECURSO METODOLÓGICO NO ENSINO DE HISTOLOGIA

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Esta carência pode ser observada em diversos aspectos que vão desde a estrutura física e os recursos disponibilizados pela escola até a deficiência encontrada no planejamento e no desenvolvimento de aulas pelos professores, que afetam a compreensão de determinados conteúdos das ciências por parte dos alunos, principalmente, os que envolvem estruturas microscópicas. Estes problemas encontrados no ensino de Biologia requerem meios para amenizar estas lacunas, tendo em vista que o professor é responsável por potencializar a aprendizagem dos alunos e, para tanto, precisa estar preparado para organizar, pedagogicamente, situações de ensino, de forma a envolver os alunos e sensibilizá-los para a aprendizagem dos conteúdos (OLIVEIRA et al., 2015). Com o intuito de melhorar o entendimento e visualização de temas dessa natureza, o uso de modelos didáticos é uma estratégia bastante utilizada para contornar essas problemáticas. Os modelos didáticos são ferramentas alternativas que podem potencializar o aprendizado, trazendo uma nova forma de compreender e assimilar os conteúdos. As dificuldades expostas acima foram observadas em escolas públicas do munícipio de Cabedelo/Paraíba, através das vivências de discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e no Programa de Residência Pedagógica. Notou-se que há uma carência de recursos e materiais, seja em relação aos laboratórios ou a própria falta de materiais didáticos para auxiliar no ensino de Biologia em relação aos tecidos que constituem o corpo humano. Diante disto, este trabalho teve como objetivo a produção de materiais didáticos que estimulem os alunos e auxiliem os professores de Biologia na área de Histologia, mais precisamente em relação aos tecidos musculares. Tais tecidos são divididos em estriado esquelético que é formado por feixes de células cilíndricas muito longas e multinucleadas, apresentando estriações transversais. O estriado cardíaco, cujas células também apresentam estrias transversais, é formado por células alongadas e ramificadas, que se unem por meio dos discos intercalares, estruturas encontradas exclusivamente no músculo cardíaco. E por fim o músculo liso, que é formado por aglomerados de células fusiformes que não têm estrias transversais (JUNQUEIRA, 2013). Durante o planejamento da montagem dos materiais, foi estudado todo o conteúdo de tecido muscular e, diante disso, foram sendo feitas anotações do que seria relevante para a visualização. Para auxiliar no estudo de tais tecidos foram construídas duas unidades pedagógicas: um jogo quebra-cabeça onde as principais características de cada tecido podem ser montadas e visualizadas, e uma modelo com perspectiva tridimensional mostrando em quais órgãos do corpo os tecidos são encontrados e quais as características de cada um. Para o desenvolvimento do modelo, construiu-se a representação de três moldes do corpo humano os quais foram pintados em diferentes cores. Cada molde do corpo apresenta um órgão destacado de forma tridimensional. Ainda associado aos órgãos, as características de cada tecido foram ilustradas com o auxílio de massas de modelar. Preferiu-se utilizar para construção desse modelo o uso de ferramentas palpáveis para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem de possíveis alunos com deficiências visuais, pois os modelos tridimensionais possibilitam as experiências sensoriais imprescindíveis para os alunos com tais necessidades especiais, apresentando, portanto, um caráter inclusivo. O modelo didático teve as seguintes dimensões: C= 15cm, L= 100cm, A=50cm. Para o jogo quebra-cabeça, uma imagem contendo os três tipos de tecidos musculares foi impressa e colada em um papelão. Com a finalidade de identificar cada tipo de músculo, foram coladas folhas de ofício nas laterais dessa imagem impressa indicando cada tipo de tecido. Posteriormente, o papelão foi cortado em pedaços que se encaixavam uns aos outros. Ao fim de tudo, o quebra-cabeça contou com 56 peças para sua montagem. No modelo é possível observar em estrutura tridimensional os órgãos e seus respectivos tecidos, com as diferenciações de suas estruturas, e, no jogo quebra-cabeça, é possível visualizar após sua montagem as células de cada tecido em lâminas histológicas. A produção dos materiais pelos discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas promoveu uma aprendizagem construtivista e enriquecedora na formação profissional, uma vez que o fato de ter estudado, planejado e elaborado os materiais em cada passo, fez com que houvesse além do aprendizado deste conteúdo, o aprendizado de inovação e de mudança em relação à metodologia de ensino. Ademais, ambos materiais poderão ser utilizados nos programas do PIBID e Residência Pedagógica. Assim, foi possível concluir que os materiais didáticos são de grande importância para o ensino-aprendizagem, pois é um método dinâmico para os alunos. Referências JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: Texto & Atlas. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 177-198, 2013. MATOS, C. H. C; OLIVEIRA, C. R. F; SANTOS, M. P. F; FERRAZ, C. S. Utilização de modelos didáticos no ensino de entomologia. Revista de biologia e ciências da terra, v. 9, n. 1, 2009. OLIVEIRA, A. C. S. de; NASCIMENTO, M. M. B. do; CAVALCANTE, C. C.; SOBREIRA, A. C. de M. Modelos didáticos como recurso para o ensino de biologia: uma experiência didático-pedagógica com alunos do ensino médio de uma escola pública de Iguatu/CE. EDUCERE: XII Congresso Nacional DE Educação. PUCPR, 2015. TASSONI, E. C. M; LEITE, S. A. S. Afetividade no processo de ensino-aprendizagem: as contribuições da teoria walloniana. Educação, v. 36, n. 2, 2013."
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Esta carência pode ser observada em diversos aspectos que vão desde a estrutura física e os recursos disponibilizados pela escola até a deficiência encontrada no planejamento e no desenvolvimento de aulas pelos professores, que afetam a compreensão de determinados conteúdos das ciências por parte dos alunos, principalmente, os que envolvem estruturas microscópicas. Estes problemas encontrados no ensino de Biologia requerem meios para amenizar estas lacunas, tendo em vista que o professor é responsável por potencializar a aprendizagem dos alunos e, para tanto, precisa estar preparado para organizar, pedagogicamente, situações de ensino, de forma a envolver os alunos e sensibilizá-los para a aprendizagem dos conteúdos (OLIVEIRA et al., 2015). Com o intuito de melhorar o entendimento e visualização de temas dessa natureza, o uso de modelos didáticos é uma estratégia bastante utilizada para contornar essas problemáticas. 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No modelo é possível observar em estrutura tridimensional os órgãos e seus respectivos tecidos, com as diferenciações de suas estruturas, e, no jogo quebra-cabeça, é possível visualizar após sua montagem as células de cada tecido em lâminas histológicas. A produção dos materiais pelos discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas promoveu uma aprendizagem construtivista e enriquecedora na formação profissional, uma vez que o fato de ter estudado, planejado e elaborado os materiais em cada passo, fez com que houvesse além do aprendizado deste conteúdo, o aprendizado de inovação e de mudança em relação à metodologia de ensino. Ademais, ambos materiais poderão ser utilizados nos programas do PIBID e Residência Pedagógica. Assim, foi possível concluir que os materiais didáticos são de grande importância para o ensino-aprendizagem, pois é um método dinâmico para os alunos. Referências JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: Texto & Atlas. 12ª ed. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O ensino de Histologia exige do estudante a identificação do conjunto de células que forma os tecidos do corpo e de como esses tecidos se organizam para constituir os diversos órgãos. Para auxiliar na visualização e aprendizagem das estruturas físicas que compõem os tecidos, a Histologia geralmente se utiliza de microscópios e uma coleção de lâminas histológicas permanentes que ilustrem os tecidos fundamentais. Para a utilização dessas ferramentas se faz necessária uma boa infraestrutura de laboratórios nas escolas, com microscópios, equipamentos e materiais especializados que possam possibilitar o estudo desses conteúdos em aulas práticas. Infelizmente, não é o que encontramos na realidade da maioria das escolas públicas (MATOS et al., 2009). Segundo Tassoni e Leite (2013), ainda há uma enorme carência quanto ao ensino e à aprendizagem das ciências escolares na educação básica, como por exemplo, quanto ao desenvolvimento de aulas práticas. Esta carência pode ser observada em diversos aspectos que vão desde a estrutura física e os recursos disponibilizados pela escola até a deficiência encontrada no planejamento e no desenvolvimento de aulas pelos professores, que afetam a compreensão de determinados conteúdos das ciências por parte dos alunos, principalmente, os que envolvem estruturas microscópicas. Estes problemas encontrados no ensino de Biologia requerem meios para amenizar estas lacunas, tendo em vista que o professor é responsável por potencializar a aprendizagem dos alunos e, para tanto, precisa estar preparado para organizar, pedagogicamente, situações de ensino, de forma a envolver os alunos e sensibilizá-los para a aprendizagem dos conteúdos (OLIVEIRA et al., 2015). Com o intuito de melhorar o entendimento e visualização de temas dessa natureza, o uso de modelos didáticos é uma estratégia bastante utilizada para contornar essas problemáticas. Os modelos didáticos são ferramentas alternativas que podem potencializar o aprendizado, trazendo uma nova forma de compreender e assimilar os conteúdos. As dificuldades expostas acima foram observadas em escolas públicas do munícipio de Cabedelo/Paraíba, através das vivências de discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e no Programa de Residência Pedagógica. Notou-se que há uma carência de recursos e materiais, seja em relação aos laboratórios ou a própria falta de materiais didáticos para auxiliar no ensino de Biologia em relação aos tecidos que constituem o corpo humano. Diante disto, este trabalho teve como objetivo a produção de materiais didáticos que estimulem os alunos e auxiliem os professores de Biologia na área de Histologia, mais precisamente em relação aos tecidos musculares. Tais tecidos são divididos em estriado esquelético que é formado por feixes de células cilíndricas muito longas e multinucleadas, apresentando estriações transversais. O estriado cardíaco, cujas células também apresentam estrias transversais, é formado por células alongadas e ramificadas, que se unem por meio dos discos intercalares, estruturas encontradas exclusivamente no músculo cardíaco. E por fim o músculo liso, que é formado por aglomerados de células fusiformes que não têm estrias transversais (JUNQUEIRA, 2013). Durante o planejamento da montagem dos materiais, foi estudado todo o conteúdo de tecido muscular e, diante disso, foram sendo feitas anotações do que seria relevante para a visualização. Para auxiliar no estudo de tais tecidos foram construídas duas unidades pedagógicas: um jogo quebra-cabeça onde as principais características de cada tecido podem ser montadas e visualizadas, e uma modelo com perspectiva tridimensional mostrando em quais órgãos do corpo os tecidos são encontrados e quais as características de cada um. Para o desenvolvimento do modelo, construiu-se a representação de três moldes do corpo humano os quais foram pintados em diferentes cores. Cada molde do corpo apresenta um órgão destacado de forma tridimensional. Ainda associado aos órgãos, as características de cada tecido foram ilustradas com o auxílio de massas de modelar. 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No modelo é possível observar em estrutura tridimensional os órgãos e seus respectivos tecidos, com as diferenciações de suas estruturas, e, no jogo quebra-cabeça, é possível visualizar após sua montagem as células de cada tecido em lâminas histológicas. A produção dos materiais pelos discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas promoveu uma aprendizagem construtivista e enriquecedora na formação profissional, uma vez que o fato de ter estudado, planejado e elaborado os materiais em cada passo, fez com que houvesse além do aprendizado deste conteúdo, o aprendizado de inovação e de mudança em relação à metodologia de ensino. Ademais, ambos materiais poderão ser utilizados nos programas do PIBID e Residência Pedagógica. Assim, foi possível concluir que os materiais didáticos são de grande importância para o ensino-aprendizagem, pois é um método dinâmico para os alunos. Referências JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: Texto & Atlas. 12ª ed. 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