RESIDENCIA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFPE: NOVAS POSSIBILIDADES E EXPERIENCIA PARA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA.
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Eduardo Victor Ramalho Lucena / edu.personal.judo@gmail.com / UFPE Gustavo Augusto Fernandes Correia / gustavocorreia.fernandes@gmail.com / UFPE Cindi Manoela Quadros / cindimanoela@hotmail.com /UFPE Andresa Amorim de Lima / andresaamor.15@ gmail.com / UFPE Juliana Rodrigues Ferreira Andrade / juliana.rfandrade@ gmail.com / UFPE Gabriella Lyra Rodrigues França / gabriellalrfranca@gmail.com / UFPE Tereza Luiza de França / sansilsi@uol.com.br / UFPE Paula Roberta Paschoal Boulitreau / roberta.p.boulitreau@gmail.com / UFPE Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Agência Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Resumo Introdução: Em agosto de 2018, deu-se inicio a experiência do Programa de Residência Pedagógica em loco no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com os acadêmicos do curso de licenciatura em Educação Física da referida universidade. Toda via, antes de adentrar no processo de ambientação no campo de intervenção, toda equipe do núcleo da UFPE se debruçou sobre algumas literaturas a fim de compreender minimamente o contexto a ser enfrentado. As obras foram: "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, "Os sete saberes necessários à aprendizagem" de Edgar Morim e "Metodologia do Ensino da Educação Física" do Coletivo de Autores. Outras produções foram analisadas, documentos analisados, visitação previa ao espaço, reuniões, dentre outras ações no mês anterior. Objetivo: Nessa perspectiva, apresentamos como objetivo deste estudo, analisar a residência pedagógica enquanto possibilidade de experimentação pedagógica diferenciada, vislumbrando a formação inicial e continuada a partir das vivencias construídas coletivamente no Colégio de Aplicação da UFPE. Metodologia: Do ponto de vista metodológico o estudo se caracteriza enquanto qualitativo do tipo descritivo porque segundo Minayo (2014) ele não se limita a analise de dados objetivo, mas sim considera a complexidade analítica e crítica dos fenômenos se fundamentando numa perspectiva hermenêutica-dialética. Para a coleta de dados, realizou-se uma revisão bibliográfica e um estudo documental que para Marconi e Lakatos (2003) se caracteriza pela seleção de obras e documentos pertinentes ao objetivo do estudo. Nesse caso foram os três livros anteriormente citados, o Plano Nacional da Educação (PNE), o Projeto Político Pedagógico Institucional da escola (PPPI), o Programa de Ensino da Educação Física e os planos de curso das turmas a receberem intervenção. Realizou-se também observações sistemáticas com registros escritos. Para analise dos dados foi realizada a análise de conteúdo de Bardin (2009) que constituiu no estabelecimento de categorias para inferência dos sentidos. Discussão dos resultados: Identificamos que a Residência Pedagógica foi um programa pensado desde o lançamento do PNE publicado em 2004, como possibilidade de formação continuada. Todavia, o programa sofreu grandes alterações e findou sendo direcionado em sua maioria para bolsista da graduação, com preceptores e coordenadores, diminuindo significativamente os valores destinados ao programa quando comparados com o projeto inicial. Além disso, observamos que a nomenclatura do programa se aproxima de uma abordagem higienista da Educação Física proveniente de 1930 (MEDINA, 2015).Percebemos ainda que os editais da Residência Pedagógica fazem referência direta a implementação da Base Nacional Curricular Comum, mas, esquecem que a ação docente é peculiar e precisa contemplar as necessidades de ensino de aprendizagem de um contexto único: aquela escola. Na contramão das questões apresentadas, observamos que as experiências trazidas pelo convívio com os graduandos nos permitem ensinar e aprender simultaneamente (FREIRE, 2016), considerando a pluralidade da docência (PPPI-CAp, 2014). A formação inicial e continuada ocorre na residência porque uma vez que concebemos que não existem a teoria sem a pratica, a práxis vai se construindo à medida que percebemos que uma não se sustenta sem a outra (FREIRE, 2016). A práxis pedagógica do professor, seja ele na formação continuada ou na docência precoce na formação inicial, não acontece apenas frente ao aluno, as reuniões pedagógicas com a equipe de supervisão e/ou orientação da escola, conselhos de classe entre os pares e/ou com os alunos, reunião de pais e professores, participação de grupos de estudos e a formação continuada oferecida pela escola também fazem parte das suas práticas docentes (DE QUADROS, 2015). A residência nos oportuniza reflexões sobre a ação docente quando as ideias se confrontam, se combinam, se complementam. Deste modo novidade e experiência criam possibilidades significativas que refletem diretamente na pratica pedagógica. O educador não é formado somente na prática, senão bastaria apenas a prática para a construção do seu saber docente. A reflexão é uma propriedade inerente ao ser humano, mas somente esta também não basta, é necessário que aconteça uma prática diferenciada depois da reflexão, uma ação ressignificada. Corroborando com o recém descrito (DE QUADROS, 2015). Conclusão: Assim, é possível concluir que embora implantado com muitos percalços e limitações, o Programa Residência Pedagógica pode e deve ser ressignificado por cada núcleo para atender as realidades pedagógicas criticas como o do Colégio de Aplicação, que tem compartilhado experiencias exitosas. Além disso, consideramos que o programa de Residência Pedagógica se constitui como uma efetiva possibilidade de experimentação pedagógica porque amplia o olhar sobre a prática pedagógica a partir do intercâmbio de propostas e ideias entre sujeitos que estão em momentos diferentes de formação (inicial e continuada), agregando um movimento dialógico à organização do trabalho pedagógico docente, em consonância com a proposta Crítico-Superadora de Educação Física, no Colégio de Aplicação da UFPE. Palavras-chave: Residência Pedagógica, Colégio de Aplicação, Formação Inicial e Continuada. Referências BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, 2009. BRASIL. Plano Nacional da Educação - Decênio 2014-2024. Brasília: Ministério da Educação, 2014. CAp (Colégio de Aplicação). Projeto Político Pedagógico Institucional (PPPI). Recife: CAp, 2014. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 2012. 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