ESTE TRABALHO OBJETIVA DISCUTIR A CONDIÇÃO DE MARGINALIDADE SEMPITERNA E COMPULSÓRIA DA OBRA LITERÁRIA DE CASSANDRA RIOS EM RELAÇÃO AO CÂNONE LITERÁRIO BRASILEIRO. ESPECULA-SE QUE, MESMO TENDO SIDO UMA DAS ESCRITORAS MAIS LIDAS DA DÉCADA DE 1970, NO BRASIL, A LITERATURA DE CASSANDRA SOFREU, E SOFRE ATÉ HOJE, UMA DISCRIMINAÇÃO QUE ADVÉM NÃO SOMENTE DO FATO DE SER A HOMOSSEXUALIDADE FEMININA A TEMÁTICA PRIVILEGIADA EM SUA FICÇÃO MAS, ESPECIALMENTE, ADVÉM DA CRÍTICA ACADÊMICA QUE ROTULOU SUA OBRA COMO SUBLITERATURA. DESSA FORMA, PRETENDEMOS PENSAR A OBRA DE CASSANDRA RIOS CONSIDERANDO SEU IMAGINÁRIO E SEU ESTILO, COM INTUITO DE LEGITIMAR SEU PROJETO LITERÁRIO. PARA TANTO, ANALISAREMOS A NARRATIVA DO ROMANCE AS TRAÇAS, ORIGINALMENTE PUBLICADO EM 1975 EM COTEJO COM O PENSAMENTO DE AUTORES COMO TREVISAN (2019), SANTOS (2003), PERROT (2005), FOUCAULT (1984), MISKOLCI (2011) E CULLER (1999).