A Educação em Saúde e a Educação Ambiental apresentam diversas e diferentes abordagens teóricas e práticas que se constituem em tendências destes campos de investigação. A principal crítica à Educação em Saúde é centrada ao modelo biomédico, cujo foco é na imposição de hábitos e regras de saúde para a prevenção de doenças. Modelo este ineficiente, visto que não contribui para a mudança de comportamento, tampouco com a melhoria da qualidade de vida e bem-estar das pessoas. Na literatura nacional e internacional, são apresentadas variadas terminologias que adjetivam a Educação Ambiental. Pesquisadores e educadores do campo acabam por se aproximar de algumas vertentes, as quais, costumam estar relacionadas a aportes teóricos que embasam a pesquisa e a prática ambiental educativa. Essa pluralidade na configuração do campo contribui com a amplitude e complexidade na compreensão do acontecimento ambiental. Estendendo essa noção de pluralidade, argumenta-se que as várias perspectivas têm a potencialidade de aproximações e diálogos com outros campos do saber. Tendo isso em vista, o presente capítulo visa aproximar/discutir/articular/ vertentes do campo da Educação em Saúde e da Educação Ambiental que busquem objetivos e perspectivas teóricas que, apesar de surgirem em diferentes disciplinas, sejam epistemologicamente convergentes. Convergências que podem construir interfaces no enfrentamento de políticas neoliberais que desconstroem posturas alinhadas com a formação para uma vida cidadã, em relações de correspondência com a natureza, que busque equilíbrio entre corpo~mente~ambiente. Para tanto, por meio de um ensaio crítico, propõe-se a ampliação e a construção de novos conhecimentos à articulação entre estes campos de estudos e práticas.