Introdução: A formação de professores tem-se tornado cada vez mais um tema cuja complexidade exige um olhar multidisciplinar, em que as várias áreas do conhecimento possam contribuir em busca da superação das reflexões lacunares sobre a educação, a prática pedagógica e a formação dos profissionais professores. Objetivo: Diante do exposto, este estudo tem por objetivo refletir acerca das contribuições da Psicologia Socio-interacionista no tocante à formação de professores. Metodologia: Para tanto, este estudo parte de uma revisão sistemática acerca da relação e possibilidades de contribuições das ideias vigotskianas no campo da formação de professores. Resultados: Com base no levantamento realizado algumas categorias temáticas são discutidas: 1) o aprendizado humano pressupões uma natureza social específica e um processo de desenvolvimento por meio da penetração na vida intelectual e afetiva dos que cercam o aprendente; 2) Ação docente e mediação, no sentido de que o movimento relacional cria possibilidades de significação, construídas na relação de alteridade e com caráter intersubjetivo. 4) os seres humanos criam instrumentos e sistemas de signos, que lhes permitem conhecer e transformar o mundo e por ele ser transformado, impelindo o desenvolvimento de novas funções psíquicas. Assim, a sala de aula é o espaço privilegiado de negociações e de produção de novos sentidos e significados de vida e de conceitos científicos; e 5) o professor ao planejar e executar uma ação pedagógica pautada no socio-interacionismo, promove métodos disciplinados, críticos e reflexivos de questionamento e indagação essenciais para a aprendizagem e para conhecimentos autênticos. Conclusão: Diante destas e outras reflexões, pode-se dizer que uma formação de professores pautada na pedagogia histórico-crítica em relação à educação escolar implica reconhecer sujeitos, conhecimentos e condições de sua produção, converter o saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares e promover os meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção bem como as tendências de sua transformação. Isto se dá em um contexto social, cultural, tecnológico e político que requer dos sujeitos da educação situarem-se enquanto seres em interação nos campos ontogênico, filogênico e cultural. Cabe aos cursos de formação de professores ampliar estas reflexões e transformá-las em diálogo permanente no pensar e fazer educativo.