Este artigo tem como objetivo explorar as narrativas das mulheres afro-feministas sob a perspectiva da interseccionalidade, com o intuito de instigar a reflexão do leitor e aprofundar a discussão sobre as inter-relações entre gênero, raça e identidade, que surgem a partir das estruturas coloniais patriarcais. Inicialmente, analisaremos o conceito de interseccionalidade no contexto brasileiro. Em seguida, procederemos a uma análise das narrativas feministas que desafiam estruturas de poder e contribuem para a formação de movimentos de mudança social. Além disso, faremos uma reflexão sobre os estudos feministas de gênero no Brasil, considerando as abordagens teóricas e a importância de reconhecer esses estudos como expressões de vivências e representatividade. Nosso estudo será baseado, sobretudo, nas contribuições das autoras Kimberlé Crenshaw e Patricia Hill Collins, explorando também a participação de autores afro-feministas dentro do campo da origem epistemológica negra. Portanto, o trabalho visa apresentar as narrativas afro-feministas e contribuir para o enriquecimento do conhecimento científico relacionado à valorização dos estudos sobre interseccionalidade, gênero, raça e identidade, ampliando o entendimento sobre a interconexão das lutas feministas na sociedade contemporânea. A pesquisa espera fornecer insights valiosos sobre o impacto das narrativas afro-feministas na desconstrução das estruturas de opressão, bem como na promoção da igualdade de gênero e racial. Espera-se que esse estudo contribua para uma compreensão mais aprofundada das experiências das mulheres afro-feministas e, assim, promova mudanças significativas em políticas e práticas que visam à justiça social e à igualdade.