Este trabalho desenvolve-se no âmbito do Programa de Residência Pedagógica - PRP, na Licenciatura em Pedagogia do Instituto Federal de Brasília, onde atua-se numa escola-campo situada em São Sebastião - Distrito Federal. Busca responder como o programa pode contribuir para a construção da identidade docente numa perspectiva crítico-emancipadora. Nesse sentido, tem como objetivos analisar a concepção de formação de professores dentro dos documentos do PRP; investigar quais sentidos e significados são atribuídos pelas residentes sobre a relação teoria e prática na vivência do programa e; identificar as representações sociais das residentes sobre os significados do “ser docente”. Trata-se de uma abordagem qualitativa que lança mão do estudo de caso como estratégia de investigação e utiliza técnicas da pesquisa-ação existencial como a observação participante, a escuta sensível e o diário de itinerância nos caminhos dessa experiência para captar as subjetividades dos sujeitos da pesquisa a respeito do tema. Discute o conflito de concepções no programa entre a epistemologia da prática e a epistemologia da práxis; os processos de integração e dicotomização da relação teoria e prática no fazer pedagógico; as contribuições à formação inicial e continuada de professores proporcionadas pelo programa ao colocarem lado a lado licenciandos e professores com experiência e interação que proporciona a construção de uma dinâmica praxiológica dentro do ambiente escolar produtora de conhecimentos. Por fim, defende-se a necessidade de programas de formação inicial de professores como política pública de estado e aponta para a melhor adequação da residência pedagógica em fase ulterior à graduação.