As necessidades de discutir abertamente as diferenças entre os gêneros e sexualidades impulsionaram e motivaram diferentes segmentos sociais do Município de Salgueiro, a realizar a 1ª Semana de Combate à Homofobia do Sertão de Pernambuco. Assim, de 12 a 17 de maio de 2014 o “grito” pela igualdade e respeito à diversidade soou e ressoou de diferentes formas, nesse sentido, o presente artigo busca construir uma narrativa explicativa da experiência de formação em Direitos Humanos, Gêneros e Sexualidades tratada na proposta de reconhecimentos e fortalecimento de identidades política e sexual. Conversas dirigidas, observação participante e relatórios de bordo produzidos pela equipe técnica do Instituto Flor de Mandacaru compuseram os métodos de levantamento de informações desse trabalho. Três entrevistas grupal, seis relatórios de bordo e os trabalhos de observação possibilitaram as análises e narrativas sobre a realização do evento. A necessidade de discutir questões sobre gêneros e sexualidades entre as próprias pessoas LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trangêneros) é apontada como fator determinante de visualização das dinâmicas da desigualdade indenitárias que são profundamente encardas como aceitação e justificação para as violências e violações. Nas escolas, embora pareça algo sem novidade, as identidades circulam de forma “veludosamente” opressora. Nos espaços políticos, como Câmara Municipal de Vereadores, a pauta em Direitos Humanos se sobrepõe as propostas LGBTs, embora a discussão sobre igualdades afetivo-sexuais apresente avanços significativos