A eleição da primeira presidenta do Brasil trouxe à tona vários debates sobre o sexismo na linguagem, pois a resistência por parte da população e da mídia em utilizar o termo “presidente”, em oposição à forma feminina, mais que uma preocupação linguística pode evidenciar um problema bem mais grave: o preconceito de gênero, que afeta principalmente as mulheres. O objetivo do presente estudo foi investigar - dentro de um recorte de educação básica pública - se a escola absorveu essa polêmica, bem como de que maneira as questões de gênero são abordadas dentro do universo escolar. Para embasar nossa análise e fundamentar a discussão sobre o conceito de linguagem sexista, foi traçado um breve histórico da evolução do “feminino” em nossa sociedade. A escola tem fundamental importância na formação de uma sociedade mais justa e igualitária, portanto, precisa estar atenta à forma como questões sociais complexas são abordadas em seu interior, de modo a evitar a perpetuação do sexismo, bem como de todas as formas de intolerância e preconceito.