Este artigo é fruto do trabalho de dissertação de Mestrado defendido na Universidade Federal de Sergipe, tendo como foco de estudo uma análise de gênero sobre a experiência de formação obtida por alunos/as integrantes da política pública de inclusão de jovens (Projovem Urbano). Uma política pública baseada na tríade educação/qualificação e formação cidadã, o que nos impulsionou a investigar as representações sociais construídos/as pelos/as jovens integrantes do programa e se há um respeito às suas diversidades e o reconhecimento das desigualdades vividas por esta clientela alvo: jovens, homens e mulheres de 18 a 24 anos com características singulares e direcionamentos específicos que os impulsionam à participação da formação oferecida. À luz das categorias teóricas basilares: Educação, Trabalho, Qualificação, Gênero, e Juventudes privilegiamos o desenvolvimento de um estudo quanti-qualitativo como opção metodológica, visando captar um volume de informações face a face com o público participante do programa, realizamos entrevistas semiestruturadas com alunos/as, educadores/as, coordenador da escola e do programa na época de sua realização. A análise dos dados nos permitiu concluir que apesar da proposta inovadora presente no programa, as representações sociais construídas pelos/as jovens revelam que a formação básica e a qualificação ofertada apresentam contradições que impactam negativamente na re/construção das trajetórias profissionais dos/as jovens de maneira equânime.