A compreensão de que os déficits de aprendizagem podem estar presentes desde as turmas ingressantes e se manifestarem ao longo de toda a trajetória acadêmica faz com que seja crucial que as escolas comecem, desde o início do percurso educacional, a estarem atentas a esses desafios enfrentados pelos estudantes e a adotarem medidas preventivas e corretivas para lidar com essa situação de forma eficaz. O presente trabalho trata-se da descrição de um estudo realizado no IFSertãoPE, campus Salgueiro, com o objetivo de analisar a evolução da aprendizagem dos alunos dos três cursos do Ensino Médio Integrado. O estudo utilizou uma abordagem quantitativa e longitudinal, coletando dados por meio de um questionário aplicado duas vezes em cada turma: no início do primeiro ano letivo desses alunos no curso e no início do segundo ano dessas turmas. A hipótese inicial do estudo era de que os estudantes apresentariam um aumento na quantidade de acertos na segunda aplicação do questionário, refletindo o progresso no ambiente educacional do IFSertãoPE. No entanto, os resultados obtidos revelaram nuances inesperadas. Contrariando essa expectativa de melhoria uniforme, as análises destacaram uma realidade mais complexa. Enquanto para um percentual de alunos ocorreu de fato um avanço nos resultados, outros experimentaram apenas um crescimento mínimo, e um percentual significativo de alunos obteve uma diminuição nas pontuações, indo na contramão do que era esperado. Isso indica que a heterogeneidade no progresso dos alunos é uma realidade significativa e vem a destacar a importância de uma investigação mais aprofundada em busca de identificar os elementos que influenciam seu desempenho e engajamento ao longo do tempo, bem como as estratégias de aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem, implantação de práticas inovadoras de ensino e a avaliação do impacto dessas intervenções no sucesso dos alunos.