A Psicomotricidade Relacional é uma metodologia criada pelos franceses André Lapierre e Anne Lapierre em 1980, a qual busca estimular o autoconhecimento, a prevenção de possíveis distúrbios no aspecto motor, da comunicação, bem como atua na regulação e ajuste das emoções com vistas a uma melhoria na convivência da pessoa com si próprio, com os outros e também com o meio em que convive. Os materiais clássicos da Psicomotricidade Relacional utilizados são: bolas, cordas, bambolês, bastões, tecidos, caixas de papelão e jornal. Em 1982, o brasileiro José Leopoldo Vieira introduziu o material paraquedas na Psicomotricidade Relacional. Todos eles possuem conteúdos reais e conteúdos simbólicos que surgem à medida que o grupo transfere seus afetos positivos ou negativos para esses objetos, que possuem também as características de serem mediadores das relações humanas. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de uma vivência de Psicomotricidade Relacional com uso do material paraquedas numa atividade do dia das crianças em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental na cidade de João Pessoa-Paraíba. Ao longo da manhã, foram realizadas quatro sessões de Psicomotricidade Relacional com o uso do paraquedas, cada uma com duração de uma hora, com quatro turmas da Educação Infantil, sendo duas do 2° ano e duas do 3° ano. Cada sessão foi composta por quatro partes: Ritual de Entrada, Atividades Sensório-motoras, Relaxamento e Ritual de Saída. Foi notório o encantamento das crianças com o formato, a textura e as cores do paraquedas. O objeto desenvolve o trabalho em equipe, a inclusão, o respeito, evoca o ritmo, a agilidade, a velocidade, a espontaneidade, o tempo de reação, a força, a criatividade, a voz, o grito e noções espaço-temporais. Observou-se que a vivência possibilitou o envolvimento e a integração do grupo.