A Educação Inclusiva é uma inovação educacional porque é um processo construído a partir do trabalho colaborativo de um/a e outro/a com o objetivo de defender e viabilizar a educação para todos e todas na escola. Nesse texto, defendemos a proposição de que a Educação Inclusiva é, obrigatoriamente, uma inovação educacional, potencializadora de práticas pedagógicas bem sucedidas. Por se tratar de um ensaio teórico com foco na investigação da interface entre inovação educacional e práticas pedagógicas bem sucedidas, optamos por um delineamento qualitativo de pesquisa, uma vez que temos interesse nos significados que podemos construir a partir da leitura sistemática de obras que versam sobre práticas pedagógicas bem sucedidas, inovação educacional e competências docentes para a atuação na Educação Inclusiva. Quanto ao tipo de pesquisa qualitativa, escolhemos a Teoria Fundamentada, de forma que o resultado da pesquisa compõe uma teorização complexa a partir do processo de análise das diferentes obras. O corpus desse trabalho foi constituído pelos seguintes trabalhos: Mantoan (2003); Alegre (2010); Ferro (2013); Silva (2015); Ferro e Caixeta (2018); Batanero (2013); Sisla e Souza (2017) e Caixeta, Sousa, Santos, Silva, Costa e Lima (2020). Como uma inovação educacional, a Educação Inclusiva é um processo que exige e gera mudança de concepções e de atuações, por isso está alinhada ao conceito de práticas pedagógicas bem sucedidas. Tais práticas não formam um conjunto único de ações no chão da escola e para fora dele, mas, ao contrário, implicam compromisso com o novo, com o diferente, com o inusitado, rompendo padrões e posicionamentos rígidos sobre o que é educar e sobre como educar. Por isso, a exigência de profissionais capazes de refletir sobre si e sua prática docente.