Artigo Anais do EBI - Encontro Brasileiro de Ictiologia

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-033-2

EVIDÊNCIA DE UM SUMIDOURO ECOLÓGICO: METACERCÁRIAS OCULARES EM PIRARUCU INVASOR ARAPAIMA GIGAS (PISCES: ARAPAIMIDAE)

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Publicado em 12 de fevereiro de 2025

Resumo

Invasões biológicas estão entre as principais ameaças à biodiversidade global e apresentam potencial para interromper a dinâmica parasito-hospedeiro. No Brasil, o relato científico da introdução do peixe amazônico pirarucu (Arapaima gigas) na bacia do alto rio Paraná foi feito em 2015, mas os efeitos de sua introdução ainda são desconhecidos, incluindo aqueles associados à relação parasito-hospedeiro. Como parte de nossos estudos sobre os possíveis efeitos da introdução de A. gigas nessa bacia, foram avaliados parasitos oculares de 28 espécimes de A. gigas empregando-se técnicas morfológicas e moleculares (COI-mtDNA). Pela primeira vez descrevemos a relação parasito-hospedeiro envolvendo metacercárias de Austrodiplostomum compactum (Diplostomidae) parasitando os olhos de A. gigas. Dos 28 peixes, quatro estavam parasitados (Prevalência=14,3%), com intensidade média de infecção de 39,5±19,8 (6–93). A morfologia das metacercárias encontradas estão em consonância com artigos de descrição da espécie. As novas sequências parciais de COI-mtDNA tiveram similaridade de 100% com sequências de Au. compactum previamente depositadas no Genbank. Apenas hospedeiros com comprimento padrão superior a 78 cm estavam infectados. Tais hospedeiros provavelmente não são predados por aves piscívoras, hospedeiras definitivas de Au. compactum. Assim, tais hospedeiros atuam como “sumidouro ecológico” para a transmissão de Au. compactum nesta bacia e podem resultar, a longo prazo, em um efeito de diluição, reduzindo a abundância do parasito em hospedeiros nativos. Hospedeiros com altas taxas de infecção por essas metacercárias (> 20 metacercárias) podem apresentar descolamento de retina, catarata, exoftalmia e cegueira, resultando em perda da acuidade visual, tornando os hospedeiros mais suscetíveis à predação, o que facilita a transmissão do parasito às aves piscívoras. Considerando que A. gigas é um predador carnívoro e visual, a alta intensidade de infecção observada pode afetar negativamente sua tomada de alimento e sugere que Au. compactum pode representar um “inimigo” para este hospedeiro na nova área de distribuição.

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