MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR APÓS POLÍTICA DE PARCERIA COM A AGRICULTURA FAMILIAR
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O ato de comer não é determinado apenas pelo valor nutricional, mas pelo sabor, portanto as escolhas alimentares baseiam-se no ambiente onde se vive, nas possibilidades geográficas e políticas, adquiridas conforme condições econômicas. Assim este artigo objetivou refletir as mudanças ocasionadas na escola após implantação da parceria com a Agricultura Familiar (AF) para aquisição de alimentos da merenda, para tal pesquisou-se também sobre cardápios e produtos usados antes da implantação do programa. Para embasar teoricamente as discussões aqui propostas usaram-se reflexões de Damatta (1986) e Cascudo (1967), das normas sobre merenda escolar e dos recursos financeiros de direito escolar disposto em Brasil (2009), dentre outros, de forma a conversar com as falas dos entrevistados pelo estudo. Constitui-se uma pesquisa de campo e qualitativa, fundamentada metodologicamente em Goldenberg (1997) e Minayo (2001). O estudo, embora tenha transparecido algumas permanências na alimentação escolar como a falta de autonomia da escola quanto aos recursos que subsidiam a merenda, demonstrou também que o percentual gasto na aquisição de produtos da AF, melhorou a economia familiar dos próprios alunos, uma vez que muitos pais fornecem os alimentos para a escola, causando mais segurança destes quanto aos alimentos consumidos pelos filhos, incrementando a economia da comunidade. 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