O QUE A TERRA ENSINA: ENCONTROS, APRENDIZADOS E RESISTÊNCIA POLÍTICA EM UMA UNIVERSIDADE INDÍGENA
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Sob este prisma, o presente trabalho busca evocar formas outras de conhecimento frente aos limites impostos pela colonialidadecircundante, sob a figura da Universidade Indígena Aldeia Maracanã, espaço de luta e resistência localizado na cidade do Rio de Janeiro, no qual os saberes pindorâmicos são veiculados não apenas em datas específicas ou no âmbito conteudista, como no “ensino formal”, mas num escopo em que o processo de ensino-aprendizagem pauta-se no entrelaçamento entre humano e natureza, na coletividade e na indissociabilidade entre trabalho intelectual e físico/manual e, posteriormente, objetiva-se trazer as percepções e os efeitos de tais práticas para os frequentadores da Universidade, principalmente, da autora do artigo. Será empregada uma pesquisa bibliográfica, acoplando referenciais de Ailton Krenak, David Kopenawa, Gersem Baniwa, Geni Nuñez, entre outros. Como aditivo, serão utilizadas a Pesquisa Participante e a Análise do Discurso. Os resultados devem apontar que a experiência formativa no espaço volta-se ao aprendizado relacional, à coletividade, à conexão com a terra e à transmissão de saberes de maneira integrada à vida cotidiana, além de permitir que o leitor acesse aspectos subjetivos extraídos da vivência. Assim, o estudo não apenas trará reflexões sobre as epistemologias indígenas e suas potências na construção de alternativas ao ensino formal, mas também pretende reforçar a urgência de reconhecer e valorizar esses saberes como fundamentais para a pluralidade do conhecimento e para a construção de um outro mundo possível, no qual a educação seja verdadeiramente diversa, enraizada e libertadora." 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