SOUSA, Maria Losângela Martins De et al.. . Anais II WIASB... Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/17151>. Acesso em: 24/11/2024 19:55
Os recursos naturais, com destaque para os recursos hídricos, vem enfrentando sérios problemas de degradação ambiental. Em regiões cuja a água é escassa, ou mal distribuída, como é o caso do vale do Jaguaribe no Ceará, os usos múltiplos da água se constituem como situações de conflitos haja visto os interesses múltiplos dos seus usuários. O presente trabalho faz parte da pesquisa de mestrado intitulada: Diagnóstico geoambiental da sub-bacia hidrográfica do Rio Figueiredo, Ceará: subsídio ao planejamento ambiental, tendo como principal objetivo analisar os conflitos por recursos hídricos na bacia. A referida bacia hidrográfica está localizada na porção Leste do estado do Ceará, apresenta-se como o principal afluente do Médio Jaguaribe pela margem direita. Abrange os municípios de Pereiro, Ererê, Iracema, Potiretama, Alto Santo e São João do Jaguaribe. Está inserida na contextualização ambiental do estado do Ceará e configurada na depressão sertaneja, no maciço residual do Pereiro e nas pequenas áreas sedimentares, referentes às superfícies de exumação da Formação Açu que compõe a chapada do Apodi. A abordagem teórica metodológica se refere a análise sistêmica. Neste sentido a pesquisa se desenvolveu em duas etapas principais: o gabinete e o campo. Em gabinete foram realizados levantamentos bibliográficos e geocartográficos, elaboração da cartografia básica e temática, e análise dos dados obtidos. Em campo foram realizadas o reconhecimento da verdade terrestre, preenchimentos de fichas de campo, comprovação dos dados mapeados. A Sub-bacia do Rio Figueiredo embora possua vários açudes com boa capacidade de armazenamento, possui muitos dilemas que precisam ser apreciados. Em períodos de secas prolongadas estes açudes não conseguem suprir a demanda. Além disso, a população utiliza água sem tratamento, o que pode trazer prejuízos incalculáveis à população, através de doenças de veiculação hídrica. Assim, enquanto a população do vale do Jaguaribe sofre problemas relacionados ao acesso e a qualidade da água, desponta com o agronegócio através da fruticultura irrigada.