A comunicação entre as pessoas ocorre por meio de signos (verbais e não verbais) convencionados socialmente e dotados de sentidos. Por meio deles, o discurso é elaborado e as relações sociais são movimentadas. A importância que os signos têm na comunicação reflete-se também no debate teórico, uma vez que teve/tem colaboradores de diferentes épocas e áreas do conhecimento que contribuíram para a compreensão da linguagem, ampliando as metodologias de ensino e aprendizagem que têm como recurso as representações visuais. Na Educação de Surdos, o canal de comunicação dá-se predominantemente por meio da visão, o que torna o signo visual ou não verbal um aspecto de grande relevância, uma vez que o surdo tem como característica a experiência visual, desenvolvida desde o seu primeiro contato social. A partir desses pressupostos, questiona-se, neste artigo, se o signo visual, em um contexto educativo de surdos, abriga aspectos em sua composição que permitem produzir significados, assim como se as representações visuais, especificamente a imagem, constroem sentidos para o surdo. O presente artigo versa sobre os aspectos conceituais do signo, com foco na análise dos elementos característicos da imagem enquanto representação visual e seu uso no contexto da educação de surdos. Trata-se de uma breve revisão teórica sobre o conceito de signo, destacando as potencialidades da Semiótica peirciana para a educação de surdos, cujos autores elencados para embasamento teórico encontram-se na Teoria da Semiótica, Peirce (2000) e Santaella (2001, 2008, 2012); na Linguística, Saussure (2013 [1916]) e Bakhtin (2002); e na Educação de Surdos, Strobel (2008), Perlin; Miranda (2003) e Goldfield (2002).