Neste artigo problematizamos a compreensão que professores, coordenador e gestor de uma escola da cidade de Parintins/AM possui acerca da criança indígena no espaço escolar. A metodologia deste estudo amparou-se na pesquisa qualitativa e na fenomenologia, através da entrevista semiestruturada pudemos presenciar desafios, críticas e inclusive preconceito na fala de alguns dos sujeitos da pesquisa. Constatou-se que o maior obstáculo enfrentado pelas crianças indígenas está centrado no preconceito étnico, uma vez que, em muitos momentos o baixo rendimento das crianças indígenas era explicado por adjetivos morais tais como: “indisciplinadas”, “trabalhosas”, “desinteressadas” e até mesmo “preguiçosas”. A falta de ações por parte da escola estudada para atender as particularidades das crianças indígenas nos alerta para a necessidade da aplicação das leis vigentes sobre a educação indígena, e para a importância de projetos que promovam debates sobre a temática indígena visando combater à propagação de imagens estereotipadas e anacrônicas a respeito dos indígenas.