ROCHA, Valmici M. De B.. Libras na perspectiva bilingue. Anais VII FIPED... Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/17612>. Acesso em: 25/11/2024 00:14
O trabalho propõe discutir por que mesmo considerando os avanços no cenário educacional brasileiro, o fortalecimento das políticas públicas que garantem o acesso de todos à escola, muitos alunos apesar de incluídos e terem seus direitos garantidos em lei, não possuem tal pertencimento. Minhas inquietações surgiram no período do meu estágio na disciplina de PPE IV, na modalidade Educação de Jovens e Adultos. Haviam três alunos deficientes auditivos, na faixa etária de 22 a 30 anos que, conforme nossa legislação (LDB 9394/96) tem o direito ao ensino regular. Porém, uma escola inclusiva precisa oferecer ao aluno deficiente auditivo, ou qualquer outro tipo de deficiência, possibilidades reais de aprendizagem, mas não ocorria. Durante as aulas, os alunos ficavam com a intérprete, não havia interação entre os professores e os alunos: eles chegavam, sentavam-se sempre no mesmo lugar, todos juntos, e a sua frente a intérprete. A professora ficava, como de costume, na frente da sala, mas o corpo e os olhares eram sempre direcionados aos alunos ouvintes. Dessa forma, surgiu o interesse de pesquisar e pensar formas de inclusão do ensino de Libras na educação, tendo como foco a modalidade Educação Infantil, ou seja, garantindo aos alunos ouvintes e não ouvintes o conhecimento e domínio de uma outra língua. Oferecer, portanto, uma educação bilíngue que, garantida desde as anos iniciais aumentará as possibilidades de aprendizagem de todos os alunos, além de diminuir as barreiras enfrentadas nas demais modalidades de ensino por alunos (sobretudo os não ouvintes) e professores.