O estudo objetiva investigação da mortandade infantil nos anos de 1910 a 1934 em Belém do Pará. Para tal, utilizamos os Livros Perpétuos de Sepultamento de Crianças no cemitério de Santa Isabel do Pará destacando a idade, sexo, situação socioeconômica e o inventário das doenças que causaram a morte das crianças. A questão norteadora do estudo é: Qual a situação da mortalidade infantil na capital do Pará no período de 1909 a 1934 e a sua relação com as ações dos médicos higienistas para combater tal situação? Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa documental tendo como fonte os livros perpétuos de sepultamento de crianças do Cemitério de Santa Izabel do Pará e matérias jornalísticas sobre mortalidade infantil no jornal “A Folha do Norte”, equivalente ao período de 1910 a 1934. A investigação se dá em quatro etapas: 1) levantamento demográfico da quantidade de crianças sepultadas no Cemitério de Santa Izabel de 1910 a 1934 e sua relação com idades e gêneros; 2) Catalogação das doenças causadoras da mortalidade de crianças de 1910 a 1934; 3) Levantamento documental no Jornal “A Folha do Norte” na Biblioteca Arthur Vianna no setor de microfilmagem; 4) Análises das ações implementadas para combater a mortalidade infantil pelo médico Ophir Pinto de Loyola com a criação do Instituto de Proteção e Assistência à infância do Pará. Constatou-se que muitas crianças morriam de doenças causadas pela falta de cuidado e saneamento da cidade. Os resultados obtidos apontam que com as ações dos médicos higienistas a mortalidade infantil sofreu significativa diminuição.