A molécula de DNA possui carga elétrica negativa e, consequentemente, tendem a se repelir entre si. A célula vegetal é bastante semelhante com a célula animal, porém se diferenciam em algumas estruturas, como a parede celular e os cloroplastos. Em muitos trabalhos sobre a extração de DNA é bastante utilizado, como modelo de fruta para essa finalidade, o morango. Esse trabalho teve por objetivo analisar, a partir de uma técnica simples, a formação dos grumos de DNA (ácido desoxirribonucleico) extraídos de algumas frutas frequentemente presentes na alimentação brasileira. Foram utilizadas seis frutas: acerola, caju, goiaba, jambo, maracujá e pinha, as quais foram encaminhadas para o Laboratório de Biologia do IFPB – Campus Campina Grande. Para a verificação do DNA de tais frutas, foi realizado o preparo da solução extratora, preparada em um béquer utilizando-se 450ml de água mineral, 25ml de detergente e, para finalizar a solução, acrescentou-se uma colher de chá de cloreto de sódio (NaCl), sendo misturados logo em seguida. A solução extratora foi deixada durante 10 minutos dentro de sacos ziplock, onde cada uma das amostras de frutas estava armazenada. Depois disso, foi realizada a filtração completa, e, o filtrado resultante no erlenmeyer foi adicionado a um tubo de ensaio referente a cada filtrado das respectivas amostras. No tubo ensaio foi acrescentado, na mesma quantidade do filtrado, álcool etílico previamente refrigerado. Dos resultados obtidos a partir das observações feitas nas soluções, verificou-se que algumas amostras apresentaram elevadíssimas concentrações de grumos de DNA, como foi o caso da pinha. Foi possível observar que, em algumas amostras, ocorreu a formação de uma mistura contendo DNA e pectina, esta é amplamente utilizada na indústria de alimentos, no preparo de geleias, doces de frutas, produtos de confeitaria e sucos de frutas, principalmente devido a sua capacidade de formar géis. No caso, verificou-se isso nas amostras de acerola, jambo e maracujá. E, na amostra da goiaba, não ocorreu à formação de uma mistura entre os dois, mas apenas visualizou-se a pectina na substância. No que se refere ao caju, foi possível notar que o mesmo não apresentou nem grumos de DNA, nem pectina.De acordo com o que foi constatado através das observações e pelos resultados obtidos, observou-se que algumas frutas apresentam maiores ou menores aglomerações de material genético utilizando a tal específica técnica de extração. A possibilidade de se obter uma amostra de DNA se torna maior e de mais fácil obtenção para estudos, como também os professores que desejam fazer essa técnica em sala de aula com seus alunos, eles têm o conhecimento que é uma forma simples e viável para se realizar uma aula mais dinâmica e, consequentemente, de maior aprendizado para os discentes, sabendo que o DNA ainda é alvo de muitas observações e é através dele que se obtêm as informações essenciais de um ser vivo. Vale ressaltar que se deve ter precaução para não confundir a pectina que se apresenta em algumas amostras de determinadas frutas com as formações de grumos de DNA.