O tema da masculinidade como uma questão de gênero vem cada vez mais sendo abordado no Brasil. A construção da masculinidade se dá através de discursos de instituições, sejam elas familiares, educacionais e, principalmente, instituições religiosas. Com base nessa constatação, o presente trabalho tem por objetivo analisar o ideal de masculinidade construído na literatura cristã através da análise do livro Homem ao Máximo: Um guia para o êxito familiar. Também pretende-se refletir sobre os possíveis impactos dos discursos hegemônicos sobre a masculinidade, nas produções de subjetividade dos sujeitos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, onde o livro foi analisado e submetido ao método da análise de conteúdo de Bardin. O conteúdo coletado foi organizado em 3 categorias: As funções de um “homem de verdade”, O fracasso da liderança feminina e Masculinidades: a escolha entre ser homem de verdade ou ser apenas do sexo masculino. Constatamos no livro a indicação de atitudes e funções próprias do masculino, como a liderança, que quando desempenhada pelas mulheres estaria fadada ao fracasso. O autor do livro também diferencia duas masculinidades: o “homem de verdade” e o “indivíduo do sexo masculino” se colocando dentro do primeiro grupo. Por fim, problematizamos o fato desse livro e desses discursos serem produtores de subjetividades e o papel do psicólogo diante disso.