A adoção legal é regulamentada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente desde 1990, entretanto encontram-se obstáculos para o aproveitamento máximo dessa prática na sociedade, sendo um deles a adoção inter-racial. O preconceito racial velado no meio social impele que crianças com raças diferentes de seus adotantes sofram rejeição, causando danos emocionais que demandam a presença de um psicólogo na mediação e acompanhamento do processo. O objetivo do presente artigo é identificar o papel do psicólogo frente à questão da adoção inter-racial no cotidiano da Vara da Infância e Juventude da cidade de Campina Grande – PB. Como lastro teórico em que se baseiam nossas reflexões, apoiamo-nos em Amim e Menandro (2007), Cabral (2015), Menezes (2014), Pavezi e Gitahy (2004) e Rufino (2002). Trata-se de um relato de experiência de cunho descritivo e abordagem qualitativa, sendo utilizada uma entrevista semiestruturada realizada com uma das psicólogas da Vara da Infância e da Juventude e uma análise da bibliografia disponível, que nos possibilitou identificar que o principal papel do psicólogo nesse âmbito é prezar minimamente pelo bem-estar e proteção da criança.