A questão dos direitos sexuais e reprodutivos possui uma grande complexidade e um amplo contexto histórico a ser discutido. De certo modo, sabe-se que os maiores obstáculos sobre esses direitos apresentam-se na forma de aspectos sociais. Destaque-se que as construções impostas pela sociedade influenciam na cultura, tornando ambos os sexos seres culturais, plurais e variáveis, estabelecendo padrões de comportamentos aceitáveis ou não para homens e mulheres, delimitando assim, campos de atuação para cada sexo.Com base nesse contexto, o movimento feminista surgiu na tentativa de mudar esse cenário de discriminação, desigualdade, vulnerabilidade e subordinação, que através de muita luta obtiveram conquistas que as aliviaram um pouco dos princípios machistas. Pois a sociedade costuma olhar para as mulheres apenas como um fator biológico, como aquele ser determinado apenas para ter filhos. Tanto que a saúde da mulher, por um bom tempo foi limitada apenas a questão materno-infantil, com uma assistência completamente fragmentada privilegiando sua capacidade reprodutiva. Sendo assim o movimento feminista brasileiro contribuiu significativamente para um novo modelo de políticas públicas, a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PAISM), valorizando assim, a prevenção e a assistência fragmentada. Então, com essa luta pelos direitos humanos, iremos observar que só é possível garantir a igualdade de oportunidade diante da igualdade perante a lei. Porém, estamos diante de um cenário complexo, pois durante todo processo as mulheres enfrentarão barreiras, inclusive na tentativa de inserção na política de nosso país.