O presente artigo traz reflexões acerca do cuidado desenvolvido pelas mulheres, especificamente enquanto uma característica feminina e analisada a partir da narrativa de vida de uma trabalhadora rural e de observações no campo da Terapia Ocupacional. Iniciando-se desta forma e, sobretudo, discussões ligadas ao gênero, classe e raça. De modo geral, busca-se a compreensão do cuidado e “não” cuidado exercidos pelas mulheres a partir dos dois locais de estudo, fazendo análises acerca da existência de reproduções de papéis de gênero de modo interrelacionado com o papel ocupacional desenvolvido por essas sujeitas. Tal abordagem procura estabelecer um diálogo no campo da sociologia, do direito e da terapia ocupacional, buscando entender como as opressões se engendram e são engendradas umas nas outras, havendo uma relação de congruência e complementariedade entre elas.