EMÍDIO, Rayanne De Souza et al.. A influência dos alimentos na farmacoterapêutica. Anais I CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/18812>. Acesso em: 24/11/2024 20:56
Durante a recuperação de patologias, é necessário aporte nutricional e administração de fármacos eficazes e seguros. Porém, pode haver interações entre alimentos e medicamentos, que, embora raramente ocasionem consequências fatais, podem surtir efeitos sobre etapas da farmacocinética. Por isso, deve-se refletir sobre esse fenômeno, já que é facilitado devido a muitos medicamentos serem administrados por via oral. É necessário avaliar a eficácia da terapêutica e o estado nutricional do doente, observando sempre a relação risco/benefício. O tema, embora bastante esquecido, é de fundamental importância para a prática clínica dos diversos profissionais envolvidos no cuidado com o paciente a fim de melhorar o mesmo e até reduzir gastos, bem como, custos relacionados à internação hospitalar, no caso de tratamentos crônicos. Portanto, o objetivo do estudo é elencar as principais interações fármacos-alimentos e efeitos. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica através de literaturas especificas, sites de busca especializados sobre o tema e artigos publicados nos últimos sete anos nas bases de dados scielo. Foram elaboradas quatro tabelas divididas em categorias que abrangem: diminuição/retardo, aumento/aceleração da absorção gastrintestinal de medicamentos por interações de alimentos, alterações na biotransformação e excreção renal, também ocasionada por esse tipo de interação. Os efeitos podem afetar: absorção, biodisponibilidade, ph, solubilidade, permeabilidade, excreção, biotransformação, efeitos terapêuticos, reabsorção tubular renal, níveis de potássio, eficácia farmacológica, entre outros efeitos. Conclui-se que as interações alimento-medicamento, são inúmeras e podem interferir de diversas maneiras no organismo humano. Cabe aos profissionais da saúde envolvidos no cuidado ao pacientes ampliar seus conhecimentos sobre as interações entre alimentos e fármacos, adotando condutas críticas e racionais a cerca desse tema que é tão esquecido, mas de fundamental importância para a eficácia no tratamento de pacientes.