O Movimento de Universidades Promotoras da Saúde se consolidou em países da América Latina e da Europa na última década, no entanto, no Brasil discussões sobre a promoção da saúde nas universidades ainda são escassas. As universidades brasileiras têm passado por mudanças desde o início deste século, entre elas a implantação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), importante ferramenta para permanência de estudantes oriundos de classes populares nas instituições de ensino superior. Ao analisar os pré-requisitos para saúde ressaltados na Carta de Ottawa e os princípios para promoção da saúde destacados pela Organização Mundial da Saúde no documento Health Promotion Evalution: Recommendations to Policy-Makers é possível constatar que a partir do desenvolvimento das ações preconizadas pelo PNAES as universidades podem constituir-se em importantes espaços de promoção da saúde. Nesse sentido, esta pesquisa buscou analisar de forma exploratória a relação entre assistência estudantil e promoção da saúde na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia(UFRB), evidenciando limites e possibilidades na atuação da Pró-reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) para promoção da saúde dos estudantes. Para cumprir este objetivo o procedimento utilizado foi à análise documental. Foram analisados 287 editais da PROPAAE com o propósito de destacar como programas desenvolvidos pela instituição relacionam-se com a promoção da saúde. A partir desta análise foi possível evidenciar que existe associação entre a promoção da saúde e as ações de assistência estudantil desenvolvidas no âmbito da UFRB. Por outro lado, ainda que tenha sido observada esta associação, tais ações podem ser eficientes para a promoção da saúde, não gerar quaisquer resultados ou, ainda, ser nocivas a saúde, questão que dependerá de como essas ações estarão sendo desenvolvidas nas universidades.