SILVA, Vanesa Conrado et al.. A vulnerabilidade do idoso na automedicação. Anais I CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/18838>. Acesso em: 24/11/2024 23:42
A automedicação é o uso de medicamentos sem prescrição médica, sendo que a terceira idade é a faixa etária que mais se automedica na população brasileira. Buscam na automedicação uma solução para alivio de sintomas que os afligem e que são considerando sintomas comuns. Fatores como a familiaridade com medicamentos, experiências positivas passadas, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, contribuem para essa prática. Esse trabalho tem como objetivo apresentar as possíveis complicações advindas da automedicação com ênfase na população idosa, enfatizando as propagandas que gera um incentivo para o uso indiscriminado desses medicamentos. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica dentro da literatura científica, nas plataformas digitais, Scielo, Periódicos Capes e LILACS, abrangendo artigos do período de 2001 a 2013, utilizando os seguintes descritores, Automedicação, Uso de medicamento em idosos, riscos relacionados a automedicação. As pessoas idosas expõem peculiaridade em relação ao uso de medicamentos, pois nessa fase da vida os riscos aumentam, visto que a maioria dos medicamentos são pesquisados e testados com base no metabolismo jovem, sendo que o organismo dos idosos reage de forma diferente. Uma vez que os idosos apresentam alterações na massa corporal, com diminuição da proporção de água, diminuição das taxas de excreção renal e do metabolismo hepático, tendem a aumentar as concentrações plasmáticas dos medicamentos, aumentando a frequência de efeitos tóxicos. Este processo pode sofrer alterações em qualquer desses níveis conforme o estado funcional do organismo tendo em conta que na velhice a capacidade funcional encontra-se alterado, deve ter em atenção as posologias dos medicamentos, enfatizando que nessa fase a janela terapêutica se encontra mais estreita, portanto deve ter em conta uma observação mais rigorosa dos mecanismos orgânicos para evitar os efeitos não desejáveis. Essa automedicação pode ser evitada de diversas formas como: melhorar a fiscalização em farmácias e drogarias para acabar com a venda de medicamentos sem prescrição; melhorar o atendimento nos serviços de saúde; adotar a pratica da retenção da receita dos medicamentos sob prescrição; fazer a implantação de medidas eficientes em atenção farmacêutica tanto no sistema público como no privado para promover uma melhor qualidade de vida do idoso.