Das 200 espécies que compõem o gênero Candida, apenas 20 tem demonstrado associação com casos de infecção em humanos sendo que, dessas 20, Candida albicans apresenta-se como principal patogênica, apesar de estudos comprovarem casos de infecção por meio de outras espécies do gênero. Aproximadamente 20-40% dos indivíduos normais apresenta colonização da via oral por espécies do gênero Candida, prevalecendo C. albicans, sendo que em casos de imunossupressão, o indivíduo poderá desenvolver a doença. Existem diversos fármacos disponíveis para o tratamento da candidíase oral, sendo que a nistatina é o medicamento de primeira escolha, porém, além de seus conhecidos efeitos colaterais, a nistatina não apresenta ação residual considerável, o que prejudica a eficiência do tratamento. Assim, tendo em vista os problemas apresentados pelo tratamento convencional, surge a necessidade de se incluir na clínica médica novos tratamentos que se mostrem mais eficazes do que os existentes. Como possível alternativa, está a pesquisa com plantas medicinais e o posterior desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos, sendo que o semiárido nordestino mostra-se como uma região composta por uma vegetação pouco estudada, mas com bastante recursos à oferecer. O óleo essencial de Lippia alba foi obtido e posteriormente utilizado no ensaio de atividade antifúngica, por microdiluição, objetivando determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) do óleo. Os resultados indicam que o óleo essencial da planta em questão possui potencial considerável para o desenvolvimento futuro de um medicamento fitoterápico, uma vez que obteve significativa ação contra as cepas testadas, sendo C. krusei e C. tropicalis consideradas as mais sensíveis.