A amamentação é uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos, psicológicos e o desenvolvimento de uma criança no seu primeiro ano de vida. Perpetua uma herança sociocultural, o que determina diferentes significados sobre aleitamento materno. O presente estudo foi realizado na cidade de Barbalha no estado do Ceará, no ano de 2015, com o objetivo de identificar os principais mitos e crenças relacionados ao aleitamento materno por parte das puérperas primíparas. Foi realizada uma pesquisa do tipo transversal descritiva com abordagem quantitativa onde foram entrevistadas trinta puérperas primíparas atendidas no Centro de Aleitamento Materno na referida cidade. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado. Os resultados mostraram que ainda há vários mitos e crenças fortemente adotados pelas puérperas que justificam a complementação precoce, de acordo com as mães. Os mitos e crenças que surgiram sobre o aleitamento materno foram: “leite fraco”, “pouco leite”, “o bebê não quis pegar o peito”, “o leite materno não mata a sede do bebê” e “os seios caem com a lactação”, os quais evidenciam a insegurança da mulher ante questões do cotidiano materno durante a amamentação, tais como a produção de leite materno de qualidade e em quantidade suficiente para o bebê; a época correta para a introdução de água e/ou outros líquidos para o bebê, dentre outros aspectos. Algumas mudanças são essenciais nas práticas de saúde no que se refere ao atendimento gravídico-puerperal baseado em orientações pautadas no biológico.