Atualmente, um dos temas mais discutidos e pesquisados refere-se à associação entre a utilização de bisfosfonatos e a ocorrência de osteonecrose dos maxilares. Objetivou-se realizar uma revisão da literatura sobre as evidências científicas atuais acerca da associação do uso de bisfosfonatos e osteonecrose dos maxilares. Realizou-se uma busca dos principais artigos publicados nos últimos 10 anos nas bases de dados SciELO, LILACs, BBO e Medline, utilizando como descritores “bisfosfonatos” e “osteonecrose dos maxilares”. Verificou-se que dentre as manifestações clínicas, destacam-se: dor, mobilidade dentária, edema, eritema e ulceração na mucosa e, quando envolve a maxila, sinusite. Do ponto de vista microscópico, observam-se osteítes condensantes associadas à presença de linfócitos e granulócitos. As regiões anatômicas mais afetadas são o torus lingual e a linha milohioidea na mandíbula e o torus palatino na maxila. Radiograficamente, só são evidentes as áreas com extenso comprometimento ósseo. As modalidades de tratamento disponíveis na literatura são bastante variadas e desafiadoras, devendo ser indicadas de acordo com o grau clínico da doença. Nesse sentido, torna-se fundamental que os Cirurgiões-Dentistas possam atuar em conjunto com os demais profissionais de saúde objetivando diagnosticá-lo precocemente e oferecer melhor qualidade de vida para os pacientes.