SILVA, Paulo Cilas Da et al.. Perspectivas sobre o câncer de mama no homem. Anais I CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/19383>. Acesso em: 24/11/2024 23:06
O câncer de mama, assim como outras neoplasias, apresenta taxas de incidência crescentes na população e mesmo com o avanço das técnicas de diagnóstico e exames preventivos existe uma baixa divulgação e pesquisa no que diz respeito a conduta da atenção à saúde do homem portador da doença. A condição é rara na população masculina, o que acaba deixando um déficit na conscientização da existência da doença, do prognostico a ela associado e as perspectivas de sobrevida dos pacientes. A referida pesquisa teve o intuito de demonstrar que a doença precisa ser melhor trabalhada em relação a manutenção da saúde do homem, uma vez que as próprias campanhas de realização do autoexame da mama, por exemplo, focam no público feminino, sem citar a importância da realização desses métodos preventivos imprescindíveis para um diagnóstico precoce também no homem, com melhores chances de resposta ao tratamento e diminuição do risco de metástase. Geralmente o nódulo é palpável e indolor, mesmo constatando alguma diferença perceptível na região da mama a resistência do homem a buscar serviços de saúde é muito alta quando não se trata de algo inadiável, que não cause transtornos graves, por esse fato a patologia é diagnosticada em estágios avançados, que caracteriza um pior prognostico. Os exames de imagem auxiliam na confirmação do diagnostico, utilizando também de biópsias e posterior avaliação imunoistoquímica para classificação do subtipo tumoral. O tratamento de caráter cirúrgico habitualmente mais empregado é a mastectomia radical modificada, podendo ser complementada por terapia adjuvante, seguindo os mesmos protocolos do câncer de mama feminina, demonstrando a carência de pesquisas voltadas a demonstrar a terapêutica mais indicada para cada subtipo de tumor no homem, uma vez que existem diversos aspectos hormonais que possuem peculiaridades entre os gêneros, conferindo respostas diferencias a determinados tratamentos. Foi possível identificar a dificuldade em encontrar trabalhados científicos que caracterizassem a patologia, provavelmente pela baixa quantidade de casos de câncer mamário no homem, observando-se ainda que existe um certo tabu em torno do assunto, ligado a pouca informação que é difundida para população masculina, que necessita de mais investimento em conscientização da importância da prevenção, seja pelo autoexame da mama ou por métodos de imagem, bem como exames e rotina para quem possui histórico familiar e assim uma maior predisposição genética a desenvolver a doença.