A polifarmácia pode ser definida como a utilização simultânea de vários medicamentos pelo mesmo indivíduo. É sabido que o uso concomitante de muitos medicamentos representa um dos fatores que potencializam as interações medicamentosas. Cerca de 30% dos eventos adversos são causados por interações entre fármacos. Desse modo, é notória a importância clínica das interações medicamentosas, bem como a influência que o uso concomitante de muitos medicamentos tem nessa resposta farmacológica. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi a análise da farmacoterapia utilizada por pacientes oncológicos hospitalizados num hospital filantrópico em Campina Grande – PB. A pesquisa foi desenvolvida através de uma abordagem transversal e quantitativa. Os dados foram obtidos através dos prontuários dos pacientes. Como instrumento para obtenção de dados, utilizou-se um formulário farmacoterapêutico elaborado para o estudo. Os principais medicamentos utilizados foram: omeprazol, ondansetrona, buscopan composto®, bromoprida, dipirona. Dos 24 pacientes analisados, 83% apresentaram interações medicamentosas do tipo medicamento-medicamento. Entre as principais interações encontra-se a amitriptilina interagindo com dipirona, ondansetrona e morfina. Dentre os pacientes que utilizaram entre 3 e 4 medicamentos, 57,1% apresentaram interações medicamentosas. Esse valor é de 91% para pacientes sob o uso de 5 a 7 medicamentos. Para indivíduos que possuíam uma farmacoterapia de 8 ou mais medicamentos a ocorrência de interações foi de 100%. Com essa pesquisa constatou-se a ocorrência de polifarmácia em pacientes oncológicos, bem como a correlação com o número de interações medicamentosas.